Um texto pra reler quando a dúvida bater

Se você não consegue ser você mesma com a pessoa, o tempo todo, tem algo errado

🌙 Lua Chinaide
Revista Subjetiva
2 min readJun 21, 2017

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Ah, lá vou eu, de novo, repetir a mim mesma várias vezes que se eu não me sinto à vontade o suficiente para ser eu mesma com o cara, é sinal de que não é a pessoa certa.

É algo tão óbvio, mas é comum a angústia bater no peito e me questionar se sou boa o suficiente, interessante, boba ou qualquer coisa assim. Aliás, neste exato momento, estou me perguntando se este texto não é idiota demais.

Quando mais jovem, a gente tem uma necessidade em ser aceito, fazer parte. É certo que com o passar do tempo, nos preocupamos
menos com isso; temos mais consciência do que somos, de quem
somos e, talvez, ficamos mais seguros.

Eu estou no meio do caminho.

Depois de algumas experiências em que não me senti à vontade com caras que eu estava afim, percebi.

Afinal, qual o lado bom de eu insistir em alguém que não terá paciência para os meus devaneios? Que revira os olhos com impaciência quando faço questionamentos, de fato, bobos, mas que podem me dizer muito sobre ele e demonstra meu interesse pela sua vida, por quem é, pela sua forma de enxergar?

É fácil identificar o sinal de quando as coisas não estão indo tão bem quanto havia planejado: começa a ficar com um pé atrás antes de falar qualquer coisa, de fazer um comentário engraçado, uma pergunta mais pessoal, desabafar sobre seu dia ruim com medo de parecer frescura ou desnecessária. E sabe o que é pior? Muitas vezes, não é que o(a) outro(a) seja um idiota. Apenas significa que ele(a) não está tão interessado(a) assim em você. Eu posso falar isso sem medo de estar errada.

Se um dia passará a ser vista(o) com outros olhos, eu não sei. Mas, sério, não force, não perde energia onde você pensa mil vezes antes de enviar um “oi, como vai?” com receio de atrapalhar e fazer papel de trouxa.

O quanto de verdade há no que escrevo? Não é algo que pretendo revelar, mas minha mente viaja. Viaja pelas possibilidades que sonhei e não aconteceram, nas histórias que vivi e estão descritas tim-tim por tim-tim nos parágrafos, no que ainda está por vir, no que já está aqui. Mas, no fim, confesso, o cara até existe, mas ele não sabe de mim. Au revoir.

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🌙 Lua Chinaide
Revista Subjetiva

Vinho no copo americano. Fico bem de vermelho. Sou do samba à house music.