Vacina Covid-19: Nova corrida armamentista ?

Lucas Inácio
Revista Subjetiva
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2 min readMay 7, 2021
BBC News

Nos últimos dias, a mídia internacional começou a reportar uma enorme preocupação com as condições que se encontra a Índia, o segundo país mais populoso do mundo. A média diária alcançou a marca de mais de 300 mil casos por dia, e quase 3.000 mil mortes em menos de 24 horas. Com isso, o sistema de sáude sobrecarregou e os leitos estão praticamentes lotados. Não bastou muito, e os Estados Unidos junto com a União Europeia, anunciaram doações de vacinas e outros insumos necessários para o país, alem de oxigênios e medicamentos.

Qual o problema dessa situação ? Simples ! O Brasil se encontra em estado tão grave quanto o país asiático, ja atingimos a incrível marca de 4.000 mil mortes diárias, nosso sistema de saúde está em colapso há alguns meses e pacientes morrem em fila de espera de leito. Porque a Europa e a maior potência do mundo não se preocuparam em checar nossa situação ? Porque não temos política externa. Nosso presidente nos deixou a deriva, abandou o barco faz tempo e com isso não há diplomacia. Esperar que Biden ajude um país onde seu líder acusou sua vitória de fraude chega a ser um pouco utópico.

Mas a grande questão aqui não é nosso governo mau administrado, e sim as vacinas. Estados Unidos produziu imunizantes em larga escala que agora está sobrando. Anunciaram que pretendem doar 60 milhoes de doses. Mas como vai funcionar essa doação ? A pandemia é uma crise global, afeta o mundo todo. Mesmo tendo países específicos que produziram vacinas, o único modo de haver uma distribuição igulitária e justa seria a OMS, se tornar a grande administradora de todas as vacinas. Os países com capacidade de produção de vacina, poderiam comunicar-se entre os mesmos e cada um em seu local, produzirem vacinas que posteriormente a Organização Mundial da Sáude regulamentaria, e definiria cos modos de doação, e quais países receberiam de acordo com sua necessidade. Com várias produções em massa, a criação de imunizantes seria mais rápida e eficiente. Mas tudo isso dependeria também da vontade de seus governantes em cooperar com a crise sanitária mundial.

Um grande país detendo grandes doses de vacina, fica a critério do mesmo doar ou não, e caso opte por doação, este país pode acabar escolhendo de acordo com seus interesses políticos e economicos qual país vai receber. Fazendo muitos paises com governos beirando a ditadura serem excluidos.

Teremos um corrida de vacinas onde países com interesses iguais sairão beneficiados ? Precisamos agurdar e ter esperança nos governantes mundiais.

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Lucas Inácio
Revista Subjetiva

Estudante de Direito, politizado, buscando o autoconhecimento.