Tristan
Revista Subjetiva
Published in
2 min readJan 24, 2020

--

Divulgação: Google Images

Vinte e Vinte

Cá estamos nós. Virada de década, virada de era, algumas incertezas empacadas e outras tantas certezas sendo questionadas. O que se vai? O que se fica? O que e quem afeta? É tempo de progresso, ou tempo de regresso? É 20 de evolução ou 20 de retrocesso? Perdoo a euforia, me desculpo pelo excesso. A afobação às vezes exagera, mas somente pela linda e bela disposição de ser um sucesso. Normal, a competitividade com si mesmo já é um esporte despretensioso.

Talvez tenha sido uma década difícil, talvez o ano anterior tenha sido quase que impossível. Talvez a gente tenha lutado em vão, talvez a gente tenha apanhado. Apanhado e lutado, apanhado e lutado, apanhado e lut… Pera! Esconde esses hematomas que o reflexo no espelho já não suporta tamanha derrota. Mas só mais uma luta durante a espera da famigerada glória.

E se restaram marcas? E se as feridas abertas levarem mais uma década pra cicatrizarem? E se o remédio ardente falhar na sua missão e a casca do joelho ralado se tornar o lembrete do que deu errado? Ou ao menos um aviso do despreparo: um band-aid já escasso.

“Mais uma, por favor! Não senhor, sim senhor.”

E como lidar com questionamentos? Fazendo um questionamento? Colocar em prática as respostas que a cada década são repassadas no papel? Um rascunho não tão reaproveitado, que serve de fuga pro adiantamento dos despreparados. Hoje não. Fica pra próxima. Talvez amanhã. Depois disso, depois daquilo. Só mais cinco minutinhos. É um 20 desistente ou um 20 desafiador?

“A saideira, por favor!”

--

--

Tristan
Revista Subjetiva

Distribuição gratuita de mágoas, receios e frustrações. E talvez um quê de ironia da vida.