O papel do QA no Time Ágil

Artefatos, mentalidades, preocupações e habilidades interpessoais para contribuir com o time.

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Hoje com o mundo digital em constante movimento é necessário responder de forma rápida e eficaz às mudanças, portanto, o papel do QA é essencial para garantir que novos produtos cheguem aos clientes de maneira estável e com qualidade.

(foto: Son Salvador) — Lilian Monteiro
(foto: Son Salvador) — Lilian Monteiro

Nesse contexto de mudanças, estarão inseridas equipes ágeis, responsáveis ​​por entender as necessidades dos clientes, modelar e desenvolver soluções para resolver problemas e agregar valor.

Algumas das principais características de uma equipe ágil são a sua auto-organização, multidisciplinaridade e comunicação frequente entre os membros do time. Tais características implicam que o QA deve ser proativo, estar sempre buscando novos conhecimentos e possuir boa comunicação.

Dentro desse contexto ágil, como o QA pode contribuir com o seu time? Qual mentalidade ele deve desenvolver? Que habilidades interpessoais ele precisa exercitar? Quais preocupações ele deve ter no dia a dia? Que artefatos devem ser gerados?

(foto: Por Academia IN)

Preocupações:

  • Colher, buscar informações desde a primeira reunião;
  • Antecipar comportamentos inesperados e riscos;
  • Analisar se o que está sendo desenvolvido resolve os problemas de cliente, e alertar todos do time sobre essa preocupação;
  • Antes do início da sprint, fazer o levantamento dos riscos e planejar como eles serão tratados na fase de desenvolvimento e testes.

Habilidades interpessoais:

“As habilidades interpessoais não são sempre algo que obtemos em um diploma ou certificado. O profissional interessado em desenvolvê-las pode investir em treinamentos, convivência com colegas, feedbacks, conversas com mentores e até mesmo cursos rápidos voltados a sua área”, frase de Milton Beck, diretor geral do LinkedIn para a América Latina.

  • Influenciar as pessoas, para que todos do time entreguem um produto com qualidade;
  • Identificar “gaps” técnicos;
  • Comunicação, essa é uma habilidade essencial para praticamente todas as carreiras;
  • Proatividade, conseguir antecipar necessidades e tomar ações ativamente.

Mentalidade:

Desde o planejamento inicial de cada história de usuário, o papel do QA é de grande importância, pois no processo de refinamento da história é importante que as necessidades do usuário sejam bem entendidas pelo time, o que facilitará o planejamento dos testes.

Como o QA participa da discussão desde o início do processo com os desenvolvedores e PO, ele pode opinar, com base no que conhece do cliente, como a solução deve ser construída, em alto nível (negócio). Além disso, pode também mapear cenários de testes para os desenvolvedores utilizarem, analisar o código da aplicação, indicar ferramentas específicas para cada tipo de teste que será utilizado e explanar quais cenários ele mesmo irá executar e quais podem ser feitos pelo time de desenvolvimento.

Outros pontos que devem ser abordados em relação a mentalidade:

  • Mostrar que a qualidade é do time e não uma responsabilidade exclusiva do QA;
  • Ser o mentor do time em relação à qualidade, compartilhando conhecimento;
  • Participar ativamente das reuniões desde o início do desenvolvimento, esclarecendo dúvidas e levantando questões importantes;
  • Começar a atuar o mais cedo possível no processo de desenvolvimento, trabalhando na revisão de artefatos;
  • Monitorar execução dos scripts de testes automatizados e a aplicação em produção;
  • Comunicar-se com o time sempre de forma equilibrada e ajudar na resolução de problemas, elaborando um plano de ação em parceria com o time.

Artefatos:

E quanto a documentação? Quando estamos em um time ágil, logo surgem dúvidas quanto à elaboração de artefatos. Busca-se documentar o que de fato trará valor ao projeto. É importante ter em mente que essa documentação é viva do inicio ao fim do projeto e que o tempo é reduzido.

A seguir algumas sugestões de artefatos que pode-se criar durante uma Sprint.

  • Mapa mental;
  • Tarefas de Testes;
  • Relatório de incidente;
  • Scripts de testes automatizado de sistema;
  • Scripts de testes de unidade e integração.

Dicas Finais

QA tenha, como objetivo ter sempre a “melhor experiência do usuário” buscando sempre a excelência técnica e estar próximo a todos do seu time.

E não confunda que a aplicação de testes ágeis é necessariamente igual à rapidez nas entregas. Testes ágeis garantem a “qualidade” e “integridade” dos artefatos finais entregues e a velocidade na entrega de valor é uma consequência deste processo.

Colaboração e revisão: Gabriel Santos, Cristhiane Jacques, Rafael Targino e Vanessa Redes

Referências

Curso Programa de Testes e Qualidade de Software TSPI 2.0 Júlio de Lima

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