Os Demos — Nossos irmãos e ancestrais

Ana Bueno
Plus Ultra Revista
Published in
6 min readDec 17, 2019

Demos são seres extrafísicos, que vivem no universo vizinho ao nosso.

São os filhos do senhor Shiva no universo antimaterial.

Existem desde os primórdios da Criação.

Até que os demos surgissem para a vida, no universo paralelo só existiam o ser Criador e seus filhos, clonados a partir de seu psiquismo afetado e de suas células doentes, produto da queda. Ele não parava de criar esses clones. Sendo doente, só multiplicava a doença, dando de si o que tinha, poder e dor, aos seres que clonava: os anjos clone.

Um desses anjos rebelou-se. Não conseguiu matar Brahma, mas cortou uma de suas cabeças, deixando-o impedido de continuar criando.

Ao recuperar-se o Criador bateu forte, atingiu o clone rebelde, Shiva, e muitos outros sofreram o impacto. Os corpos clonados que usavam ficaram convulsivamente abalados, não conseguiam mais manter as formas corpóreas originais.

Continuavam poderosos, mas suas mentes se viram libertas do jugo do Criador, já não se curvavam ante as vontades dele, como faziam os clones, que eram 100% portadores do Código Fonte Definidor de Brahma, totalmente robotizados.

Shiva e os seus filhos tomaram para si parte do Brahmaloka, a loka de Brahma, o universo que Brahma improvisou na queda e onde caiu.

Vishnu mergulhou na Criação, imantou-se a um corpo demo da descendência de Shiva.

O Brahmaloka foi mais uma vez dividido: loka de Brahma, loka de Shiva, loka de Vishnu.

E como eram poderosos, passaram a criar gerações e gerações de seres, lokas e mais lokas, formando exércitos de criaturas monstruosas, que guerreavam para preservar seus espaços, disputar o poder, e saber quem, dentre os mais fortes e mais poderosos — Brahma, Shiva e Vishnu — comandava a Criação.

Os demos foram assim vindo à vida. Existem no universo ao lado, bilhões, trilhões de seres demo, nas mais diversas formas. Há as terríveis, há as infantilizadas, há as que não somos capazes de imaginar, de denominar, há as que são consideradas lixo, sem função, criações que deram errado.

Eles não evoluíram, um demo não evolui, ele é o que é. Um demo se vê existindo, possui apenas um talento, e de acordo com esse talento cumpre ou não o seu varna, a sua destinação. Cumprir o varna é uma questão de honra para eles. Foi uma iniciativa de Shiva para colocar alguma ordem entre aqueles seres, que movem seus psiquismos em função de disputas, apostas, ardis.

A lógica demo se orienta no sentido da ordem e caos.

Os seus corpos não são estáveis, eles se metamorfoseiam conforme o ímpeto que neles domina, o primeiro impulso, são reféns do primeiro impulso, que neles vibra intensamente, fora de seu controle.

Se um demo precisar correr, e para o psiquismo dele o javali é o animal mais veloz, seu corpo assume a forma de um javali. Nem sempre consegue, porque um outro impulso pode tomar seu psiquismo antes e ele se vê em outra forma.

Eles padecem de todas as doenças do Criador. Criaram medicamentos, que com o passar do tempo foram deixando de trazer alívio para o desespero. Lá a entropia faz com que a dor vá doendo mais e mais, e o mundo deles, aqueles tantos milhões de lokas, está se desagregando, se desfazendo, se acabando.

Um demo não raciocina como nós. Ele não se pergunta quem sou, onde estou, para onde vou. Ele não tem como fazer-se essas perguntas, ele tem um lacre que o impede, todos têm lacre, medida de segurança do ser que o engendrou a fim de resguardar-se, de manter o seu poder e dominar.

Os seres demo não têm senso crítico, não são bons nem maus, são o que são, cobaias como todos os seres que surgiram na Criação.

Eles não amam, não sorriem, não choram, não perdoam, não dão nada de si, seja por qual motivo for, eles trocam.

São obrigados a viver por bilhões, milhões, milhares de anos nos mesmos corpos, que padecem o tempo todo, ficam combalidos, mas não morrem. Poucos morreram, seus espíritos se libertaram.

Alguns desses espíritos puderam encarnar em corpos humanos. Alguns estão entre nós, outros nos ambientes espirituais.

Esses que hoje estão entre nós humanos e envolvidos com os assuntos da Revelação Cósmica constituem-se no atrativo maior para eles. Eles nos assistem, acompanham as nossas mais simples manifestações, expressões, compreensões. Desenvolveram tecnologias para nos observar, estudar, aprender a partir do que nos prende a atenção, do que nos move. Copiam sequências do nosso DNA, apropriam alguma parte neles e tentam. Às vezes dá certo! Às vezes não roda… Nossa privacidade é zero.

Os demos não têm sagacidade.

Os demos são dementes, todos carregam algum grau de demência.

Ainda assim muitos se destacaram, como Têmis, Prometeu, Apolo, Pandora e outros, que atuaram efetivamente para modificar a realidade estranha, multifacetada, doente, dramática, marcada pelo caos.

As gerações de demos foram se sucedendo. A última foi a dos olimpianos, que faliu por problemas insolúveis nos processos de engendramento de novos seres. As tentativas resultavam em criaturas monstruosas, que não podiam ser destruídas, porque os seus pais não eram capazes de vencê-los. O Kraken é um bom exemplo. Até aqui era reprodução genética via poder mental, não sexualizada nos nossos padrões.

Quando, entre os dois universos, os portais estiveram abertos , esses seres vieram para este lado da Criação e aqui na Terra guerreavam, única forma de que dispunham para resolverem as suas disputas.

Zeus guerreou com os ancestrais, venceu-os e os confinou no Tártaro.

Tornou-se, a pedido dos demais, o rei de todos os demos, o mais poderoso entre todos, incluindo o próprio Criador. Zeus, rei dos deuses e pai dos humanos.

Os deuses do Olimpo conviveram com os seres humanos, tornaram-se sexualizados e produziram os semideuses, fruto da mistura genética sexualizada entre demos e humanos. Zeus pretendia que os semideuses vivessem no Olimpo e exercessem com ele o domínio da Criação e dos demais seres, mas não deu certo.

Zeus sofreu o impacto desolador de ver-se impossibilitado de deixar o seu legado para uma geração demo que dele descendesse.

Os portais se fecharam. Os humanos herdaram a Terra.

Os demos, desde a dissolução da Trimurti, nos anos 2015, 2016, 2017, puderam perceber e aceitaram que o mundo deles está se acabando. As lokas que podem estão dedicadas a desenvolver tecnologias para migrarem para cá, para este lado biológico e evolutivo da Criação, especialmente para a Terra, pois o convívio com os humanos fez com que Zeus e os olimpianos se apaixonassem pelo nosso “jeitinho” de ser. Eles querem vir para cá.

Os demos que não conseguirem vir perecerão quando a entropia destruir suas moradas no Brahmaloka.

De qualquer forma, todos os demos virão para este universo, vivos ou em espírito.

Os espíritos, ao assumirem um corpo na Criação de Brahma, os espíritos se “sujam”, tornam-se portadores de parte do corpo doente do Criador, e isso os infecta, os contamina, os vicia com o ímpeto de sobreviver a qualquer custo, alimentar-se, reproduzir-se, exercer o controle e o poder sobre os demais. Isso os impede de retornarem aos ambientes espirituais fora da Criação.

Os demos não são confiáveis. Os demos possuem inúmeras faces, a cada face corresponde uma personalidade. Eles não se preocupam com os demais.

Eles não são deuses.

Assim como a Divindade Criadora, são reféns do que nós humanos fizermos no sentido do esclarecimento, do progresso, da emancipação, da pacificação.

Eles aguardam a vinda de Sophia, que é o marco cósmico aguardado por extrafísicos e extraterrestres, que fará com que a Terra saia da quarentena imposta e retorne ao convívio cósmico.

Os corpos desses seres portam a infecção do Criador a 100%, a 98%, a 97%, e por aí vai, a cada geração demo o padrão da inevitabilidade ancestral foi se reduzindo. Nós, humanos, portamos o nidana do Criador contaminado na ordem de 3% a 5% do que afeta a ele e seus anjos clones.

Nós é que podemos fazer a diferença.

Os demos, aliás também o Criador e seus anjos clones, dependem do nosso esforço consciente para evoluirmos, porque nós podemos evoluir, a natureza humana possibilita isso.

Nós somos habilitados a compreender, a percorrer os degraus da evolução com senso crítico guiado por uma razão filosófica fundamentada no amor.

Da caminhada cósmica que nós humanos fizermos esses nossos irmãos ancestrais dependem. Estamos todos no mesmo barco.

Quando os portais se fecharam, e as religiões se firmaram no rastro da vasta e rica cultura dos povos humanos mais antigos, as notícias sobre esses seres, registrada de diversas maneiras e confirmada em fatos que pouco a pouco a nossa ciência vai descortinando, a existência desses seres foi atribuída ao romantismo e fantasia de poetas como Hesíodo, Homero e tantos outros, e eles passaram a figurar como personagens de lendas, quando não de farsas e mentiras, no máximo mitos, mitologia.

Mas parece que não é assim.

Verdade ou não, não importa, temos muito a fazer!

Esse pretende ser um breve resumo das informações sobre os seres extrafísicos — os demos, divulgadas nos livros e palestras de Jan Val Ellam, que podem ser acessados no site janvalellam.org .

Muito mais ainda virá.

Ana Bueno

audiodescrição por Irene

--

--

Ana Bueno
Plus Ultra Revista

Coordenadora escritora da Revista da Turma do IEEA