O mau hábito alimentar dos brasileiros nos tempos modernos

Na era dos “fast foods” o consumo de frutas e hortaliças tem sido cada vez mais raro

Com a correria dos tempos modernos e as preocupações do dia-a-dia, muitas vezes parece que não sobra tempo para se alimentar corretamente e acabamos consumindo aquilo que é mais prático e rápido, o que na maioria das vezes acaba sendo alimentos industrializados que já vêm prontos. Mas esse é um hábito nada saudável que pode trazer problemas sérios de saúde em longo prazo.

A escassez de tempo e a rotina corrida fez com que as pessoas recorressem cada vez mais aos chamados “fast foods”, o que normalmente são alimentos gordurosos, com alta concentração de sódio, quantidades absurdas de açúcar e nada nutritivos.

Esse é o drama sofrido por Yasmin Davóli, 21. “Como eu estudo e trabalho, não sobra muito tempo para cozinhar e por isso acabo sempre comendo aquelas comidas congeladas que já vêm prontas ou passo em algum fast food e vou comendo no caminho para a casa”, conta a estudante de arquitetura. A paulista ainda relatou que só nesse último ano engordou cerca de 8kg e recentemente descobriu que desenvolveu uma gastrite crônica, “agora eu aprendi que uma alimentação saudável é essencial e que vale a pena perder alguns minutos do meu dia para preparar uma refeição adequada”, afirmou.
O caso da Yasmin é só um entre os milhões de brasileiros que vivem nessa mesma situação.

Mas não se desespere! Ainda da tempo de mudar seus hábitos e se alimentar melhor. E quem nos mostra como fazer isso é a doutora Juliana Rocha Ribeiro, 23, nutricionista formada pela Universidade São Judas Tadeu há dois anos. Confira a seguir:

Ter uma alimentação saudável não é tão difícil quanto as pessoas costumam pensar, hoje em dia há uma variedade de produtos existentes nas prateleiras do supermercado, como saladas, verduras e legumes já pré-preparados, higienizados e prontos para o consumo.

É possível ter uma alimentação saudável hoje em dia?

“Alimentação saudável hoje em dia tem diversos significados, um termo que está sendo muito utilizado para assimilar o que é alimentação saudável é a famosa “comida de verdade”, é aquela que nos remete a comida da nossa avó, nada mais que arroz, feijão, carne, verduras e legumes. Esses são alimentos livres de agrotóxicos e conservantes, sem processamento industrial, ricos em vitaminas e mineiras. É sempre bom acrescentar frutas às nossas refeições diárias, como laranja, abacaxi, abacate, banana e acerola que são ricas em diversas vitaminas.”

Qual é o tempo ideal de espera entre uma refeição e outra?

“Com certeza o tempo ideal para cada refeição é três em três horas, pois além de conferir maior saciedade também acelera o metabolismo, impede picos de insulina e melhora a queima de gordura”

Realizar uma refeição enquanto executa outras tarefas pode ser prejudicial?

“Sim, pois o indivíduo acaba não percebendo a quantidade de alimento que está ingerindo, além disso, quando não saboreamos a comida não temos saciedade, ocasionando ainda mais fome.”

Uma má alimentação pode acarretar em sérios problemas de saúde, quais seriam alguns deles?

“A má alimentação pode nos levar a desnutrição, ao excesso de peso e a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), sendo elas a obesidade, hipertensão arterial, diabetes, AVC e ate mesmo cardiopatias.”

Quais são os nutrientes essenciais para serem consumidos no dia-a-dia?

“Os nutrientes essenciais para um bom funcionamento do organismo são os carboidratos (fonte de energia), gorduras protetoras (ômega 3 e 6), proteínas (aminoácidos), vitaminas e minerais em geral, infelizmente o consumo de minerais está em decadência e a maioria da população não chega a consumir o valor indicado.”

Ela ainda nos atentou sobre a importância de ter um acompanhamento profissional para uma boa alimentação: “O nutricionista modifica o padrão alimentar das pessoas e oferece orientações sobre como atingir seus objetivos através da educação nutricional e de um plano alimentar, realizando acompanhamentos e avaliações do estado nutricional periodicamente. Assim, contribuindo para o tratamento ou prevenção de doenças”, afirmou.

Por: Juliana Gouvea