Budistas não podem se esquivar da defesa de ações sociais éticas

De sua casa em João Pessoa, o monge Joaquim Monteiro conversa com a Bodisatva sobre política, budismo e a relação com o Oriente

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RevistaBodisatva
2 min readApr 26, 2017

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Monge Joaquim Monteiro. Foto: Laiziane Soares.

A Bodisatva publica uma conversa rápida com o monge Joaquim Monteiro, um dos maiores especialistas em budismo chinês no Brasil. De seus 61 anos, 18 foram vividos no Japão. “Se você quiser um budismo puritano, não o procure no Japão”, alerta o monge, que diz ter aprendido mais morando com camponeses no Norte do país do que no seminário budista.

Atualmente o monge Joaquim mora em João Pessoa e é professor na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), instituição que lançou seu mais recente livro: O Budismo Yogacãra. Segundo ele, o livro busca articular o pensamento budista essencialmente ligado à vida comunitária da sanga e a sua ação social no mundo. “Ele abre um canal para que budistas se insiram nos debates sociais e políticos com um mínimo de sabedoria e lucidez”, afirma.

Para os praticantes, o monge deixa seu recado:

Monge Joaquim Monteiro. Foto: Laiziane Soares.

“Uma das manifestações da ignorância é precisamente o ódio. Neste momento, os budistas no Brasil não podem se esquivar da defesa de ações sociais pautadas numa visão ética”.

Como foi seu encontro com o Darma?

Começou na minha adolescência. Lembro-me do grande choque que tive na vida: o falecimento da minha meia-irmã, aos 13 anos, e depois a doença do meu pai, dos 11 aos 17 anos. Ele teve uma doença muito séria, ficou quase reduzido a condição de um vegetal. Contemplei aquela situação durante vários anos e senti, na prática, o que o budismo chama de impermanência. Quando você se defronta com isso dentro de você, não tem mais como parar ou controlar. Existe uma interrogação constante. Comecei a procurar alguma coisa que respondesse às minhas dúvidas.

*Por Janaína Araújo

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