Sábado sobre monocromia

Axoloti Kerope
brasil LOVE

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Uma leitora muito querida me pediu que nessa coluna eu escrevesse sobre algo que gosto e aprovo. E a principal coisa que gosto é a cor verde. Uso muito verde e vale ressaltar que, em 98% das vezes sou monocromático.

Aprovo isso, monocromia e a monocromia do verde. Uso outras cores também. Branco, preto, vermelho. Nas quartas e sábados tento usar vermelho e nas sextas, branco. Mas se esqueço não me sinto culpado, estarei de verde e o santo vai entender.

Já vi gente falando que é bom só usar uma cor pra não perder tempo com roupa. Tá certo. Comecei quase que por isso. Só me sentia bem de verde e com apenas uma cor cobrindo tudo. E realmente, perdia muito tempo quando não tinha percebido.

Acho que pra falar do que gosta tem que ressaltar o que não gosta e visse versa. Na semana passada mesmo, falei bem de shorts, da importância de hidratar bem o cotovelo e tudo isso em poucas palavras entre críticas à bermuda cargo e vergonhas masculinas. Então: Não aprovo os pós-emos artistas. Umas pessoas que na adolescência até os 20 anos cultuavam a tristreva e aí depois disso decidiram ser artistas conceituais. Combinaram seu gosto juvenil pelo preto com aquela ideia de que quem produz usa preto. Feio. Cafona.

Devo salientar que moro em Salvador e quando uso preto é de short, uma vez na semana. Nem devo explicações. Mas imagina o sol que faz aqui e as figuras todas de preto com camiseta e calça de brim ou moletom. Imagina mais: suas olheiras, rostos infelizes e produções artísticas tão deslocadas de onde moram quanto os autores . Triste.

Voltando ao verde. Gosto muito. Verde musgo especialmente. Pra mim é muita alegria ver uma pessoa toda vestida de verde (com as peças certas, claro). Sinto ciúme também, é minha cor.

Enfim, pra dica de hoje, mais exuberância nas cores. Sabe aquele ditado lá? Então, usa várias cores com as peças corretas. E sorri muito (nisso pode fazer como eu). Assim, já evitamos duas coisas, gente me imitando e gente sendo feia. Grueb.

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