manifesto-limítrofe
Tóia Azevedo
sempre arranhar os nós dos dedos
e a ponta dos dedos
e a unha dos dedos
na parede áspera
ou com as próprias unhas
*
sempre enlouquecer nas horas
menos indicadas
como se houvesse um momento ideal
para purgar o corpo
*
sempre i̶n̶s̶u̶p̶o̶r̶t̶a̶v̶e̶l̶m̶e̶n̶t̶e̶ mutável
*
sempre come demais e vomita pouco
sempre come pouco e vomita demais
*
sempre possuída pelo diabo
*
sempre atrasada
entre nada
e exagero
*
sempre escolher
entre se jogar da escada
e cortar a cara com gilete
*
sempre
perder
a
porcaria
do
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*
sempre reunir ao redor
uma multidão ávida
por um acidente
*
sempre nos limites do meio termo
*
sempre
meudeusmeudeusmeudeussssssquerserinternadadenovoporra?sempresempresempresem
presempresempresempresempresempreaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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