Por mais mulheres negras no audiovisual: conheça produções dirigidas por elas #h21

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3 min readAug 15, 2021

Por Sarah Castor

Arte: Natália Sena/Revista Helenas

As produções dirigidas por mulheres negras ainda sofrem para ganhar o espaço que merecem. É o que mostra o estudo “Diversidade de Gênero e Raça nos lançamentos brasileiros de 2016”, feito pela Agência Nacional de Cinema (Ancine), que concluiu que 75,4% dos diretores eram homens brancos e 19,7%, mulheres brancas. Nesse cenário homens negros dirigiram apenas 2,1% das produções e nenhuma mulher negra dirigiu algum dos 142 filmes estudados.

A fim de dar destaque à importância do trabalho dessas mulheres, trouxemos três incríveis obras brasileiras dirigidas por elas.

Mulheres Negras: Projetos de Mundo

O documentário, dirigido por Day Rodrigues e Lucas Ogasawara, investiga de forma poética e visceral a realidade da mulher negra no Brasil por meio de relatos e reflexões de nove mulheres: Djamila Ribeiro, Ana Paula Correia, Aldenir Dida Dias, Preta Rara, Nenessurreal, Francinete Loiola, Luana Hansen, Monique Evelle e Andreia Alves.

Foto: divulgação

TRAILER — Mulheres Negras: Projetos de Mundo — O Filme

O Sol — Caminhando Contra ao Vento

O título do documentário conversa com a música “Alegria, Alegria’’ de Caetano Veloso, onde ele canta: “o sol nas bancas de revista, me enche de alegria e preguiça, quem lê tanta notícia?”. O verso faz referência ao jornal “O Sol”, criado após o golpe militar, antes do AI-5, com o intuito de combater a opressão da ditadura. A obra, dirigida por Tetê Moraes, nos leva de volta a essa época de resistência através de depoimentos dos integrantes do jornal, assim como de várias outras personalidades que tiveram grande influência no movimento contra o regime militar.

Foto: divulgação

Trailer:

Disponível na plataforma Tamanduá:

AI-5 — O Dia Que Não Existiu

A obra tem como diretora artística e roteirista a cineasta Adélia Sampaio considerada a primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem no Brasil. O documentário relata as circunstâncias anteriores ao decreto do Ato Inconstitucional nº 5 eas consequências desse incidente. O acesso a essas informações só foi possível graças a funcionária pública e pesquisadora Ana Lúcia Brandão, que guardou parte dos documentos do AI-5, dados como perdidos. Ana os divulgou somente após a morte dos ditadores da época.

Foto: divulgação

Disponível no Youtube:

Referências

Mulheres Audiovisual — Adélia Sampaio. Disponível em <https://mulheresaudiovisual.com.br/adelia-sampaio>

Platarforma CurtaFlix. Disponível em <https://curtaflix.com.br/title-item/mulheres-negras-projetos-de-mundo/>

Ancine diz que nenhuma mulher negra produziu ou dirigiu filmes nacionais em 2016. Diponível em <https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2018-01/ancine-diz-que-nenhuma-mulher-negra-produziu-ou-dirigiu-filmes-nacionais-em>

Revisão linguística e técnica por Rebeca Almeida.

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