Buquê no Fim da Tarde

“Venice, San Giogio Maggiore” Claude Monet

Chegada a estação das colheitas,
A explosão sutil das flores
É sinfonia no celofane incendiado.

A tarde desbotando em auras limpas
De amarelo-maçã, gérbera,
Vermelho-caduca.

Não fosse a nona volta, seria sempre a Primeira?

A cidade deitando à beira
Dum sonho-rio dourado…

Mas há quem não perceba
A Gôndola:
Rema… Teu tempo é o Mar.
Ramo: na voz do Ser, o Espaço.

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