Crônica não restrita
Não tenho tido tempo para o português. Palavra que plana a página, nosso sopro natural ao encontrar o S e o ponto faz uma leviosa. Meu português derrapa quando escrevo mal em post-its grudados nos clássicos da litera. É de se pensar também que não tenho tido tempo para lustrar e arear minhas heranças, entre elas, o portu (herança?) .
Prometi que seriam textos despretensiosos, cumpro com mistério.
Meu último texto foi um poema de dois versos que mais pareciam bíblicos. Aliás, herança talvez seja a minha palavra da semana; por isso o cacoete de enfiá-la em lugares cheios de. Herança é; uma cabeça que ganha um chapéu. Ainda não encontrei o que perturba meus textos no novo caderno que escrevo enquanto penso em meios e abismos, sinônimos distantes, complementares.
Tenho uma distopia marcada para terça-feira.
Exame de rotina.
E continuamente escrevo da rotina que não me deixa planar como a página,
A outra parte da conversa é que eu só quero escrever o que quero, enquanto tem tanto na linha (para) depois. Uma fila de desejos e penhoras, desejos e; o maior problema agora é a conta que não fecha. Como contas fecham?
Física cantiga é estudo que dedico, ouço as novas de kendrick e faço gracinha por áudio. Só um baixo dá conta do; processo de arte é projeto de vida.
Estudos de belas artes grafadas em papel. É ela, a lírio lírica letra amarela flor-de-lis. O punho que tanto traduz o sangue.
Meu tango saiu do controle.
*a Revista Mormaço é uma publicação independente, coletiva e voluntária da Mormaço Editorial. você pode nos apoiar dando palminhas nos textos e compartilhando-os. nos encontre nas redes sociais com o @mormacoeditorial.