Sem Respiros
Há meandros aguçados de filigranas
Escorrendo pelas linhas dos sons da língua
Que falo no vacante som do meu olhar
Entregando a fluente neblina do que sei
No momento em que vivo azulado
Me diluindo em escuros tons do ínterim
Entre-falas, entre-cisões, drenagem
Do que compõe as imagens róseas
Duma longínqua noz absolutamente minha
Que sob a casca comprimo o amor
Os amados em fórmulas, arestas e vértices
Inteiras retas que direcionam a mim
Toda a essência do que preenche a alma
E não sei mais pôr os pés no chão
Numa base tão aquosa, tão escura;
Um buraco de impossível fundo…
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