(sem título) III.

Diêgo Oliver
Revista Mormaço
Published in
Aug 12, 2022
Vogelmannwiese (1992), Quint Buchholz

Pouco vivo na realidade e dimensão
O mundo que vivo inexiste

Não…

Repito a negação que age
No que disseram
No que me mostram
Na criança que nasce
Todos os dias

O que há desmente-me
Anula meu espaço
E não desejo resistir

O amor escorre
E não cai, não faz unir
Desconheço teu lugar
De destino

Afirmo…

Meu lugar para fora
Admito o cansaço
Tentado a ser menos
Em êxtase em ser a troca
Do outro lado, sinto-me vivo

Está aí a Ignorar nos idos
Dos cantos tonais decaídos.

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