Um Anjo Anil
Published in
May 2, 2024
À pedra seca, o deus semeou uma montanha.
Tem agora onde sentar-se; observar o céu.
Seus passos, ora leitos de mar,
Pulsavam mil pequenos seres luminosos.
Ele levanta, abana as mãos, vem ventos
Roçar-lhe o corpo d’água, o corpo infindo.
Mergulha, o anjo azul, no fundo do oceano.
Aguarda, sono pálido, a próxima estação das cores.
(Hoje barcos vem e vão sobre o túmulo inaudito;
Inscientes do colosso que adormece,
Sonho plácido)
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