Ainda há muita camada para arrancar…

Tairine Lopes
revistaokoto
Published in
2 min readMar 10, 2021

Quando entrei para o Òkòtó tive medo de não dar conta da responsa de falhar com a casa, queria muito fazer parte mas sabia que estar organizado não é simplesmente dizer que pertence e nada fazer para que valha a pena estar lá, e o nervosismo de errar com o bonde mais foda que eu conheci e passei a admirar muito, nossa du nada eu fazendo parte, só tem brabo

Maior responsa estar em um grupo que busca construir algo para nós e por nós, o aprendizado é constante em cada erro, acerto, decisões tomadas, escolhas, resultados bons e os que não são tão bons, tudo tem como tirar uma lição.

E saber que posso contribuir e que tô fazendo parte é motivo de muito orgulho pra mim, saber que vou passar para o meu filho, o outro lado de tudo que me ensinaram apenas o lado que convém o preto saber.

Mudei muito, parei e entendi, estou mudando, porque é aquilo é muita camada pra arrancar, mas a gente vai evoluindo. Cai na real, vi que não existe ninguém mais interessado no nosso progresso que nós mesmos, integrar não é caminho e sim um atalho que nos leva a um labirinto da alienação. Fora a questão corporal, buscando melhorar a cada dia, estou muito melhor que ontem, é construção e meu foco está cada vez mais direcionado para minha nova família.

Ainda há muito que fazer, muito que melhorar , tenho que aprender muito mas também acredito que tenho a ensinar, uma coisa é certa as próximas gerações do nosso Kilûmbu continuarão nossos projetos e a semente que foi plantada e idealizada continuará a brotar, e pra quem não gosta, ah pra eles nós não temos tempo para argumentar, ocupados demais fazendo por nós, é sobre isso!

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