Bandeira RBG

Jhené Zahara
revistaokoto
Published in
2 min readSep 15, 2021

Houve uma época em que nós não tínhamos um bandeira para ostentar o orgulho da nossa raça, da nossa comunidade, de sermos negros!

Todas bandeiras existentes eram dos povos brancos, criados por eles, para demonstrar o quão orgulhosos eram por fazer parte daquele grupo de yurugus, que esmagava e destruía tudo que há de belo sob a terra.

Os sem cor, em 1900, criaram uma música chamada “Every Race has a flag but the Coon…”Que traduzindo significa: “Toda Raça tem uma bandeira, mas os Coon…” foi uma das canções mais escutadas por eles na época, eles cantavam orgulhosamente, para atacar os homens, mulheres e crianças pretas da época.

Essa música e atitude deixou um homem bem pretinho e muito valente muito bravo, Marcus Garvey, ficou tão aborrecido que decidiu criar uma bandeira, para que todos os homens, mulheres, idosos e crianças pretas tivessem orgulho da história da nossa raça, para que pudéssemos ostentar por aí, a nossa bandeira RGB e contar nossa história para todos os outros pretos, que ainda está perdida nas terras dos sem cor.

A bandeira não era só uma novidade para nós, é para lembrarmos de que estamos sempre trabalhando e lutando pela soberania do nosso povo, que precisamos ter nossa própria terra, que estamos trabalhando em prol da nossa comunidade, sob nossas leis e costumes e não mais dos yurugus. Assim, para nossa bandeira foram escolhidas três cores para representar o sangue, o solo e a prosperidade da África e de seu povo.

O vermelho foi escolhido porque é a cor da paixão e força que nasce dentro de cada homem preto e mulher preta, para que possamos alcançar nosso propósito divino neste planeta.

O preto representa a cor dos solos do vale do Nilo e também a melanina — a substância química que dá cor ao povo original, nós para lembrarmos que somos todos unidos como membros de uma mesma família

Verde representa a cor da fertilidade, produtividade e prosperidade. Representa o berço fértil da África em toda a sua glória próspera, nos lembra de nossa missão como pan africanistas: a unificação da África em uma nação poderosa, protegida, auto-sustentável e desenvolvida para o seu pleno potencial.

E então, no dia do aniversário de Garvey, 17 de agosto, nossa bandeira ficou pronta, com todos esses símbolos nela, e passamos a celebrar todos os anos o aniversário dele e o da nossa bandeira, fazendo marcha, apresentações, balançando muito nossa bandeira. Celebrando a nossa gente, a nossa raça!

Fim.

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