Cuidando do que é singular de forma coletiva!

Ahangbé Ainá Ehioze Òkòtó
revistaokoto
Published in
2 min readJul 1, 2022
Por Marina Piedade

Caraca! O pós Ìtójú Orí tem sido de muita fritação, mas uma “fritação” muito leve saca? Não no sentido de fazer a gente exercitar a razão (Isso até rola, mas não é o ponto chave) mas no sentido de exercitar a espiritualidade, de gerir emoções. E eu tenho notado que isso vem muito da troca de quando ouvimos o outro e contamos nosso causo e isso vai se desdobrando numa conversa mais ampla. Mas vem também, e de uma maneira muito forte, pela via do silêncio, lá na meditação quando a gente se cala e se conecta com a gente e com um monte de outros elementos da nossa história.

É um entendimento que vem por uma via da emoção partindo de um outro lugar, isso pq muitas vezes é imposto pra gente viver essas emoções através de situações de racismo, de raiva, de ódio, de frustração atravessados pelo próprio racismo. Daí meio que a gente conhece essas emoções mas deixa de dar atenção pra várias outras emoções que alimentam nosso axé saca ? E eu tenho sentido essa abertura da minha parte pra lidar com essas outras emoções que ficam engavetadas ao longo do tempo. E as vezes são umas memórias gostosas que gente nunca deveria esquecer pq incentiva o movimento.

É a parada de buscar esse equilíbrio mesmo, pra que a gente consiga sentir um ódio mais funcional. E não só ficar se remoendo sem fazer nada.

E também sentir o amor, e tornar isso funcional e complementar ao ódio.

E por aí vai…

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