Das coisas que mamãe me ensinou

De um bate papo se tira muito ensinamento quando se troca com as pessoas certas. Mas de uma convivência se ganha muito mais sabedoria…

A vivência preta te traz ensinamos nos mínimos detalhes. Dias desses numa conversa, foi abordado o tema sobre reciprocidade.

Eu parei para me lembrar se em algum momento fui a pessoa que não retribuia o que ganhava. Puxei na memória as amizades, as trocas e a minha família para poder tirar uma base do meu comportamento.

Durante a conversa fomos criando o cenário da atualidade, onde todos querem tudo sem dar nada em troca. O famoso “nós por mim" RS! Vira e mexe tem gente nas redes sociais pedindo algum tipo de ajuda a “, comunidade”. A galera virou craque em contar com quem nunca pode contar com ela. É feio, é zoado e é desonesto do ponto de vista preto, africano, que isso tenha acontecido.

Extravismo não é cultura preta, umbiguismo não é cultura preta. E cada dia mais aparecem pessoas com esse traço branco de comportamento. Isso além de fragilizar nos condiciona a agir pela comoção, o que é um tiro no pé.

Pra quem corre por autonomia, organização e autogestão, é aterrorizador ver gente agindo dessa maneira. A responsabilidade de um indivíduo só passa a ser responsabilidade da comunidade quendo este indivíduo integra e atua em uma comunidade.

E como seria essa atuação? Porque participar de grupos em rede social está longe de ser sinônimo de organização. Seguir página que reproduz o conteúdo alheio não te faz ser integrante de nada.

Mainha sempre falou sobre o ser e o estar, e sempre me deu exemplos a fim de saber diferenciar uma coisa da outra. Ser algo é entrega, cuidado, respeito… e tantas outros adjetivos dessa linha. Estar algo é como um estado, pode-se dizer até estado emocional. A pessoa está em algo pelo que sente, e aí é que pega: ser movido por sentimentos é foda! Um dia você pode acordar e simplesmente deixar de sentir, e é aí que mora o perigo. Como confiar uma responsabilidade a alguém que não está somando pelo princípios certos?

Muitos projetos acabam em insucesso por conta disso, a pessoa começa movida pela emoção, vai no gás da empolgação e no meio do caminho o gás acaba. O ânimo falta, e aí se tu não estiver bem calçado no propósito, o barrado desaba.

O sentir é muito importante para toda e qualquer construção. Mas o que de fato determina se você terá culhão para seguir com o plano é o propósito, a responsabilidade e a determinação.

Qualquer um que aja única e exclusivamente guiada pela emoção, não vai muito longe. Mas quem está aí guiado pelo propósito sempre vai achar uma maneira de seguir.

E nessa quem é você? O emocionado ou o organizado?

Refletir nessa parada é importante, saber analisar quem é quem nesse corre vai ajudar a escolher com quem contar. E é por aí que uma organização deve seguir, separar quem é quem e colocar cada um onde deve estar. Nem todo mundo tá disposto, o tempo não está a nosso favor. Bora escalar o time de acordo com nossas necessidades!