Espiritualidade é ciência
A espiritualidade é uma ciência que nos mantém vivos e não há nada mais científico do que viver matéria e energia na prática.
A melanina, a chave química para a grandeza preta, é também a forma oxidada de RNA, o ácido responsável pela síntese de proteínas.
Heru, junto com seu Ankh, prolonga a vida dos vivos, já que nasceu para trazer o reequilíbrio a Kemet, vingando a passagem de seu pai.
O Ankh, alto condutor de melanina, tem a tecnologia de gerar energia viva, é o símbolo de libertação dos povos Africanos no mundo.
Como um falcão, Heru foi aos céus para contar a Ausar sobre a derrota de Set, mas Heru teria de tomar a responsabilidade de guiar o equilíbrio da sua terra, pois Ausar ali não poderia voltar.
Na terra dos vivos, o morto não há de vingar.
A espiritualidade é uma ciência que se manifesta no som e no silêncio.
O triângulo da vida: o corpo, o espírito e a mente, é a organização que nos leva de volta pra casa.
Só a pena de Maat poderia saber o valor de um espírito e, se pesasse mais na balança, todos saberiam que suas leis foram violadas e detratores não poderiam ficar.
O coração mais leve que a pena de Maat era justo e mais próximo de Deus, era aquele que seguia as leis de Maat e mantinha o equilíbrio da Terra.
Os precedentes de uma vida pode o futuro nos mostrar.
A espiritualidade corre pelas veias e pelas veias caminham a ciência, a melanina é a chave disso.
Do ventre de Auset, veio o primeiro faraó para balancear a desorganização que Set causou; de seu coração, veio a instrução de reconectar os pedaços de Ausar que foram lançados em todo o Kemet.
Os 14 pedaços de Ausar foram embalsamados e Ausar pôde voltar a vida em espírito, mas a sua terra não poderia retornar em matéria, assim como a melanina é capaz de gerar um verdadeiro estado de realidade após a morte.
Só poderemos trazer o que está morto dentro de nós a vida, se estivermos dispostos a reconectar os pedaços perdidos.
A espiritualidade também está no caos e a ciência também nasce da desorganização, porque é na confusão que buscamos respostas e podemos sair do lugar.
De tanto desfazer o que Ausar fazia, os irmãos não paravam de guerrear, já que o feito era desfeito e o desfeito era feito. Por esse caminho, Set, o dono das confusões, tira a vida de seu irmão.
Para que o choro exista, é preciso gargalhar e da vida a gente ri, porque parado é que não pode ficar, contra a desconexão é preciso guerrear.
