Estar junto é dar dignidade ao compromisso firmado perante a comunidade

Jao No Aye
revistaokoto
Published in
2 min readNov 30, 2022

O céu tava azul em SP, o trem chegou rápido e depois o metrô mais rápido ainda. Em pouco tempo chegamos no Kilûmbu Malcolm X para participarmos do II Festival Cultural é Coisa de Preto do Kilûmbu Òkòtó, tavamos em casa. O evento foi realizado no Kilûmbu Malcolm X. Nosso lar, belo e formoso, nos acolhe como a rainha das águas doce que não cansa de ver o sorriso no rosto de seus filhos.

Pra entrar no Kilûmbu batemos cabeça pra esse ancestral brabo que estampa a entrada e é homenageado no nome desse território-preto. Foi um final de semana de muita cultura, tanto pelas atividades que estavam na programação, como a capoeira, o teatro, o samba, o maracatu, o hip hop, mas também pela conexão de almas entre os irmãos e as irmãs ali presentes. Demos risadas, compartilhamos planos, ritualizamos, agradecemos e trocamos um asè que nos alimentará até o nosso próximo encontro, o Kwanzaa. Assim, somos arremessados ao movimento para dar dignidade ao compromisso firmado perante nossa comunidade. Nos alimentamos e prosperamos entre nós mesmos, fortalecemos nossas empresas, evoluímos juntos e frutificamos alianças de vida, vida em quilombo, vida em Kilûmbu.

Viva a economia de Kilûmbu, viva as manifestações artísticas africano-diaspóricas e viva Zumbi dos Palmares. Como diz aquele provérbio “toda vez que vc da uma macetada num racista, o espírito de Zumbi renasce em vc, principalmente se for no mês de novembro”.

Entrada do Kilûmbu Malcolm X, em SP (SP).
Arte: Diego Nunes

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