Fama de otário

Balogum Manu Yahya Òkòtó
revistaokoto
Published in
3 min readApr 19, 2022
Por Mischellye Rocha - técnica: feito a mão

Nós somos o povo mais fácil de fazer de otário que existe na Terra.

Os brancos expuseram isso pro mundo e tá geral se aproveitando disso pra ganhar vantagem nas nossas costas. Inclusive outros pretos.

Vocês tão ligados que assaltantes escolhem as pessoas mais vulneráveis pra assaltar, né? Mesmo que os que eventualmente tão armados pensam bem antes de assaltar alguém. Eles escolhem aqueles que parecem ser mais vulneráveis. Mais baixos, mais franzinos, com mais cara de lerdo.

No quesito ser feito de otário, nosso povo tá enquadrado nesse perfil aí. Nós somos o Top1 na lista. Tirar onda com a nossa cara e sair ileso é a regra.

Só pensar na treta lá do Monark. Falou merda racista e passou batido… normal. Foi assaltar alguém franzino, lerdo e pequeno e ficou de boa.

Agora quando falou dos judeus, foi o equivalente a tentar assaltar um marombeiro mestre em krav magá, tá ligado? Ficou fudido.

De todos os estereótipos que foram lançados sobre a gente, o que a gente precisa mais urgentemente combater é esse. As pessoas precisam passar a entender que tentar fazer a gente de otário custa caro.

Enquanto for fácil fazer a gente de otário, nosso povo vai se ver caindo no mesmo golpe de novo, de novo e de novo.

Katiúscia Ribeiro e Jonathan Raymundo, apesar da pegada “afrocentrada”, já davam sinais de que eram só uma versão atualizada da Djamila Ribeiro e do Ad Júnior há muito tempo. E tá aí o desfecho da obra.

Por isso a importância de se estar organizado. De se preparar física, mental e espiritualmente pra combater o que tá posto aí. A gente fica vacinado contra golpe.

E a galera que ajudou esses dois cabaço aí a alcançar o “topo” agora tá calada.

Katiúscia e Jonathan Raymundo representam o que tem de pior na nossa raça. Eles conseguem ser piores do que a Djamila por que o ela faz tá muito bem alinhado com a proposta de genocídio preto proposto pelo feminismo. Já esses dois tão pegando aquilo que é sagrado pra nós, distorcendo e dando pro branco em troca de migalha. Tão ajudando o branco a sofisticar seu racismo e continuar fazendo a gente de trouxa em troca de um quartinho nos fundos da Casa Grande.

A gente tem que ser obstinado em destruir essa fama de que é fácil fazer a gente de otário. E a única forma de fazer isso é com ORGANIZAÇÃO e entendendo que, assim como na Revolução do Haiti, não é possível atacar os brancos sem antes nos livrarmos dos negros da casa.

--

--