Nome de Kilûmbu — Ano 1/Primavera

Arokin Akasia
revistaokoto
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2 min readNov 2, 2022

10/22

Arokin Akasia Òkòtó.

Prezados ancestrais,

Este é o nome que você[s] entendeu que deverá[o] dar dedicação aqui na terra nesse momento. Nome completo que te liga a uma função, a uma raiz materna e a um clã, além disso carrega o idioma yorubá chamando uns ancestrais de lá. Cada uma dessas coisas estão relacionadas e devem estar direcionadas sempre à comunidade, há de se lembrar todo o dia que este é parte do caminho que enquanto povo estamos trilhando para que possamos colher tâmaras no futuro, em outra vida.

O Nome de Kilûmbu é o que te liga ao seu propósito, camará, onde cada um desses papéis na comunidade estão tem seus devidos comportamentos esperados que caracterizam o pertencimento à ele, determinados legados que devem ser deixados também.

“Ser é a constância do estar” — Filosofia de vida que carrego desde uma certa idade.

“No caminhar do caminho. No tempo. É o tempo quem diz o que é o que e quem é quem.” — Kafunji Mahin no texto “É preciso tempo para ser!”¹

“A gente tem que sabe ser pesado e tem que saber ser leve. Sê leve e pesado ao memu tempu” — Aó

É um papo sendo levantado pelo Orí de Kilûmbu também em diversos textos recentes sobre Orí, assunto esse que de fato nós temos esquecido de cuidar, de olhar para ele há muitas eras — talvez desde quando começaram a enterrar nossas magníficas máscaras de ferro de Ilê Ifé…- e que graças ao trabalho contínuo da espiritualidade de nos mostrar caminho, teve um homem que caminhou como ninguém, o

HONORÁVEL MARCUS MOSIAH GARVEY

Este orgulhoso africano, homem em seu estado pleno, aquele cujo todo entendimento do que há de ser feito em qualquer escala que seja, deu caminho. Dentro do olho da tempestade, procurando por ele, será resolvido. Portanto, daí a importância da organização, de olhar pra comunidade, primeiro que pra ouvir Garvey e não se debruçar no trabalho, na prática, é não honrar seu legado; segundo que é na organização e na comunidade que você ao ter olhos horizontais sobre você, na roda aprendendo com todos que aprendemos sobre nós mesmos, sobre nossa função. Aí voltamos ao início do texto…

Arte: Misha Òkòtó

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