Nossa Cultura tem Corpo
Trocando idéia sobre cultura um dia desses, comecei a escrever um pouco. É importante pensarmos a cultura como algo vivo, algo que está sempre em movimento constante e não como uma parada cristalizada e estática porque movimento significa vida, sem movimento não se cria nem se mantém nada. Então é legal entender que a cultura é uma parada de dinâmica incessante e presente, por isso reconhecemos aspectos do que se produz hoje em coisas que já existiam a muito tempo atrás e até mesmo agora só que em outros lugares. Assim podemos pensar nas nossas manifestações culturais como algo da prática em si, do fazer de fato e não do teorizar por teorizar, ter para si que o fazer. é sempre mais importante, e vem primeiro.
Em se tratando do ocidente a teorização é quem manda, tipo batalha de corpo contra mente e o corpo ( o fazer) sempre colocado como inferior a mente ( o pensamento, a teoria), mas podemos ir além dessa relação de dicotomia e rivalidade e pensar no movimento em si porque no nosso caso, pensando em manifestações culturais africanas, para além do entendimento mecânico das coisas a gente sabe que tem muito axé envolvido para as nossas manifestações serem como são, tem a ver com mandinga, com ginga, com corpo quebrado e mole, estou falando de fluxo de energia e energia vital, também não é o movimento pelo movimento mecânico não, estou falando da relação inseparável da corpo com a espiritualidade.
