O individualismo é a maior característica dos brancos e dos negrescos.
Mas ninguém defende o direito de ser individualista como os pretos alienados da sua cultura e desconectados da sua espiritualidade. A gente tem que falar disso olhando pro nosso passado negresco e se colocando na conta, Que esse problema é sério. Quando a gente age igual negresco, só pensa em si mesmo. Quem quer tudo, nada consegue, mas geralmente tira muita coisa dos outros no processo. Gente individualista sai sugando energia todo mundo pra defender sua zona de conforto. Gente individualista atrasa toda a comunidade pra não sair do lugar. Capaz de botar culpa em signo, nos pais, em doença psicológica, até em orixá pra defender o direito de não sair do lugar. “Faço merda todo dia, tô sempre errando, mas é por causa disso e disso!” Só pra vacilar de novo no outro dia! Esse modo de viver maluco que ignora as energias da natureza e da nossa humanidade é branco. Mas quem fica maluco defendendo que pode fazer o que quer, quando quer, e reclamando de quem critica esse comportamento quase sempre são os pretos alienados.
Mano, o branco sabe melhor que nós o tamanho da merda que faz. O branco tem mecanismos infinitos pra disfarçar sua opressão, por que sabe que sua opressão é uma merda que tá destruindo o planeta. É igual igreja, o pastor rouba, estupra, até manda matar, mas os fiéis não deixam ele cair. Não se engane, ele é a raiz do problema. Acontece que os galhos dessa árvore são seus cães de guarda, os negrescos. Sem podar esses galhos, a gente não chega na raiz do problema. Depois da revolução do Haiti, o branco já sabe que se acabar com os negrescos eles nem dão tanto trabalho assim. Eles são covardes. Só lutam com vantagens desleais.
Gente preta que tá sempre esbarrando nos interesses coletivos pra manter seus comportamentos folgados, displicentes, egoístas, esse é nosso maior problema pra resolver. Gente preta que não quer sair do lugar é o que tá impedindo a libertação do povo preto. Do branco a gente não espera outra coisa.
Brunno X Yakô Aba Òkòto
