“Sequestro, roubo e extorsão”

Samuel Elias
revistaokoto
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3 min readApr 20, 2021

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Salve minha gente!

Bom dia, Boa tarde, Boa noite.

Passando aqui pra falar um pouco sobre o processo de exploração do continente africano por sanguessugas europeus que teve início no século XV e se estendeu até a metade do século XX.
Ligada à expansão marítima européia, a primeira fase do colonialismo africano surge da necessidade de encontrar rotas alternativas para o Oriente e novos mercados produtores e consumidores.

Os portugueses iniciaram o processo na primeira metade do século XV, estabelecendo portos e roubo de terras no litoral oeste africano. Não existe nenhuma organização política nas colônias portuguesas, exceto em algumas áreas portuárias onde há tratados destinados a assegurar os direitos dos traficantes de escravizados. A obtenção de pedras, metais preciosos e especiarias é feita pelos sistemas de captura, de pilhagem e de escambo.

A captura e o tráfico de escravizados dividem tribos e etnias e causam desorganização na vida econômica e social dos africanos. Milhões de pessoas são sequestradas e mandadas à força para as Américas, e grande parte morre durante as viagens. A partir de meados do século XVI, os ingleses, os franceses e os holandeses expulsam os portugueses das melhores zonas costeiras para o comércio de escravizados.

No final do século XVIII e meados do século XIX, os ingleses, com enorme poder naval e econômico, assumem a liderança da colonização africana. Combatem a escravidão, já menos lucrativa, direcionando o comércio africano para a exportação de ouro, marfim e animais. Para isso estabelecem novas colônias na costa e passam a implantar um sistema administrativo fortemente centralizado na mão de colonos brancos ou representantes da Coroa inglesa.

Os holandeses invadiram a Cidade do Cabo, na África do Sul, a partir de 1.652. Impuseram na região uma nova cultura e formam uma comunidade conhecida como africâner ou bôer. Mais tarde, os bôeres perdem o domínio da região para o Reino Unido na Guerra dos Bôeres.

Imagem tirada da internet
Imagem tirada da internet

No fim do século XIX e início do século XX, com a expansão do capitalismo industrial, começa o neocolonialismo no continente africano. Entre outras características, é marcado pelo aparecimento de novos concorrentes, como a Alemanha, a Bélgica e a Itália. A partir de 1880, a competição entre as metrópoles pelo domínio dos territórios africanos intensifica-se.

O roubo da África tem início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que institui normas para a ocupação. No início da I Guerra Mundial, 90% das terras já tinham sido roubadas pela Europa.
A invasão é feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que contribui para muitos dos conflitos atuais no continente africano. Os franceses invadem e ficam no noroeste, na região central e na ilha de Madagáscar.

Os ingleses invadem territórios coloniais em alguns países da África Ocidental, no nordeste e no sul do continente. A Alemanha rouba as regiões correspondentes aos atuais Togo, Camarões, Tanzânia, Ruanda, Burundi e Namíbia. Portugal e Espanha conservam antigas colônias.

Os portugueses continuam sugando Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Moçambique, enquanto os espanhóis se mantêm roubando parte do Marrocos e da Guiné Equatorial. A Bélgica rouba o Congo (ex-Zaire) e a Itália saqueia a Líbia, a Eritréia e parte da Somália.

Após o roubo, invasão e divisão ocorreram movimentos de resistência. Muitas manifestações são reprimidas com violência pelos colonizadores. Também são exploradas as rivalidades entre os próprios grupos africanos para facilitar a dominação. A colonização, à medida que representa a ocidentalização do mundo africano, suprime as estruturas tradicionais locais e deixa um vazio cultural de difícil reversão.

O processo de independência das colônias européias do continente africano tem início a partir da II Guerra Mundial.
A europa só é o que é hoje porque eles roubaram, sequestraram e extorquiram o continente africano até os dias de hoje, as riquezas que eles tem, vieram de África.

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