Sobre trocas e amizades
Tenho pensado muito sobre amizades.
Tive conversas recentes que me lembrou uma “cobrança” que recebi do meu irmão, de que eu não compartilho as novidades. E essa semana compartilhei com alguns amigos uma situação e me vi novamente nessa situação, em que eu não compartilho as coisas com as pessoas que são próximas a mim. A não ser que eu veja essa pessoa quase todos os dias, então acaba que eu geralmente só compartilho minhas coisas com a minha mãe.
Daí fiquei pensando sobre minhas amizades. A maioria dos amigos que tenho hoje, são pessoas que eu me aproximei através de outras pessoas em comum. São amizades que não aconteceriam se essas pessoas não tivessem tomado a iniciativa de de aproximarem de mim. E por muito tempo me acostumei a pensar que eu só não era boa em iniciar as relações.
Mas aí nessa de observar em como eu compartilho, ou deixo de comortilhar, minha vida com meus amigos, percebi que talvez eu não seja tão boa em manter as amizades também. Eu não inicio as relações nem as mantenho da melhor forma.
Cogitei que talvez eu tivesse desaprendido a me relacionar, mas agora me questiono se eu já soube em algum momento. A pandemia com certeza não facilitou a minha disponibilidade de troca, mas em 28 anos, não foram esses 3 últimos anos o definidor da minha forma de me relacionar com as pessoas.
Mas por outro lado é engraçado pra mim pensar na quantidade de pessoas com quem eu já tive alguma troca, pessoas que eu gosto muito e que sei que gostam muito de mim. Se eu não sei me relacionar, de onde eu tiro tanta gente pra trocar? Que que eu tô deixando passar desapercebido?
O quê de mim eu continuo deixando de entender e praticar conscientemente?
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