Vida longa a Tutankhamon

Ayédùn
revistaokoto
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3 min readAug 9, 2022
Imagem da internet

Rei l para os íntimos, Tutankhamon, o menino faraó, foi o último faraó, da 18º dinastia.

Filho de Akhenaton, faraó que forçou no antigo Kemet a reverência única ao neter Aton, e destruiu tudo que remetesse a outras divindades, principalmente ao neter Amon.

As ações de seu pai no final não deram muito certo. Por isso, durante seu reinado, que começou quando ele tinha 9 anos, grande parte do trabalho foi o de restaurar tudo que seu pai tinha desfeito, inclusive a reverência a Amon.

Tutankhamon não nasceu com esse nome, nasceu como Tutankhaton, extensão das referências do seu pai. Essa mudança de nome, depois que assume o trono, representava o retorno dos tempos antes da liderança de Akhenaton (olha aí um ótimo exemplo pra explicar que o nome pros nossos representava uma função, um propósito)

Infelizmente Tut teve um reinado bem curto, porque ele faleceu quando tinha por volta de 18/19 anos de idade. Mas a 100 atrás, tudo que foi enterrado com ele em sua tumba foi encontrado e serviu demais pra gente poder entender como era a vida em Kemet naquele período. Muitaaaa coisa foi encontrada, muita mesmo. E depois desse evento, muito mais foi inventado sobre o menino faraó.

É depois dessa “descoberta” que começa a história da “Maldição de Tutankhamon”. Esse role partiu mundo a fora depois que alguns dos caras que fizeram as escavações morreram. De certa forma, a história da maldição foi compartilhada pelos líderes da escavação pra afastar qualquer outra pessoa que quisesse meter o bedelho onde não devia. Só que isso gerou mais uma narrativa distorcidassa dos nossos ancestrais.

Assim como a história dos Zumbis, é muito comum você ver em filmes, que representam o Egito, terem esse lance de maldição. Quem aí já não ouviu em algum filme desses os caras lerem em alguma inscrição: “quem perturbar o sono daqueles que se encontram aqui não retornará”, ou algo do tipo? Uma frase dessas inclusive foi inventada por um dos caras que tava na escavação, ele disse que tinha lido nos hieróglifos da tumba.

Na real, os caras que morreram depois das escavações morreram porque entraram em contato com fungos que já tavam ali a muito tempo.

E todo essa história de maldição também me lembrou o lance que aconteceu no Ayiti, do mosquito. Makandal, que contribuiu muito para grande Revolução do Haiti ensinando os nossos como encantar as ervas pra envenenar os senhores de engenho, previu que após sua morte retornaria como mosquito…assim que morreu, a parte bran’ da população francesa de St. Domingos foi assolada pela malária, que não contaminava os pretos ali. Você não vai se surpreender se disser que a galera que morreu depois do contato com as paradas de Tutankhamon era desmelaninada também, né rs? Pois é, eram sim hahahaah

Mas enfim, o menino faraó, levou seu legado e propósito adiante, servindo aos seus como faraó, a representação de Heru encarnada. Inclusive, numa das fotos aqui embaixo da escultura do faraó, mostra atrás de sua cabeça uma águia, o animal que representa Heru.

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