VoZÉs Negras: como foi o mês da Consciência Negra no Zé Delivery

Leila Evelyn
ReZÉnha
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13 min readDec 14, 2021

Perspectivas críticas e otimistas sobre a data, estratégias e realização de campanhas integradas no Zé

Identidade visual da campanha

Sou uma pessoa que gosta de escrever. Acredito que as palavras tem poder de traduzir pensamentos, sou daquelas que acorda e anota os sonhos, pensamentos e brisas que passam voando na cabeça. Escrevo sobre o cotidiano, sobre atravessamentos, Conceição Evaristo intitula esse ato como “escrevivência” e, calma, eu nem ouso dizer que essa é a pretensão deste artigo institucional, mas faz parte da minha vivência como mulher preta ser desafiada a trabalhar muito em marcos representativos como novembro negro, mover as pequenas estruturas a minha volta em favor de um futuro possível para pessoas como eu.

Não carrego essa função como um fardo, pelo contrário, apesar de ser cansativo, me soa como uma benção. Eu posso fazer algo em espaços que frequento e, na data que relembra a morte de Zumbi dos Palmares, não poderia ser diferente.

Sobre mim

Nasci em 1996, na Cidade Tiradentes, extremo leste de São Paulo, sempre trago esse fato, porque, pra mim, isso explica minha vocação desde pequena para a comunicação. Foi num condomínio da periferia que aprendi a trocar ideia, me relacionar com meus vizinhos, seja para pedir um tantinho de café ou para dividir festas de aniversário. Sou filha do João e da Beniria, irmã mais velha da Laisa, e desde pequena carrego a responsabilidade de ser fruto de investimentos altíssimos de meus ancestrais.

Meu pai, segurança, sempre trabalhou muito para nos dar o melhor, da mesma forma, minha mãe investiu tempo sendo chefe do lar, como boa parte das mulheres pretas do Brasil. Comecei a trabalhar aos 15 como jovem aprendiz, aos 18 ingressei em uma faculdade particular graças a políticas públicas e cotas, aos 22 me formei como Relações Públicas.

Para ser sincera, vindo de onde eu vim, estar onde estou é uma quebra de expectativas. Não que minha história se resume à dor, pelo contrário, cresci com incentivos à leitura e criatividade vindos de professores e familiares, porém as estatísticas sobre desigualdade não animam e refletem o dia a dia difícil de uma das maiores capitais do mundo.

Hoje, como Analista de Employer Branding no Zé, tenho tido oportunidade de colocar na rua eventos e parcerias relevantes, priorizando recortes de raça, classe e gênero, por exemplo. Curiosamente, lá em 2015, nesse mesmo período do ano, realizava meu primeiro evento nesse sentido, o “Enegrecendo a Comunicação” carregava como identidade visual uma ilustração de Zumbi e Dandara dos Palmares, lado a lado. Como uma mulher sensível, vejo nisso um sinal.

Sobre a data

O dia 20 de novembro relembra o dia da morte de Zumbi dos Palmares, principal liderança quilombola. A escolha foi motivada por membros do Movimento Negro Unificado contra a Discriminação Racial, na década de 70, elegendo Zumbi como símbolo de luta e resistência dos negros escravizados no Brasil.

Não se sabe ao certo quando foi decidido estender a data em um mês de iniciativas voltadas a reflexões sobre diversidade e equidade de raças, mas tenho a impressão de que essa é uma discussão que passou a ser levada a sério muito recentemente por boa parte da população (que ainda hoje, de acordo com essa pesquisa, admite a existência do racismo, mas não se entende como racista), o que resulta em esforços e iniciativas gerais para trazer a pauta principalmente durante o mês de novembro.

Contexto aqui no Zé

A frente racial é um dos principais pilares de ação da estratégia de diversidade do Zé e justamente pela criticidade e seriedade do tema. Além de analisarmos todos os sentimentos e sugestões que aparecem semanalmente na nossa Pesquisa de Engajamento, consideramos essencial também conversar com pessoas do NOZ (Negros Organizados do Zé), nosso grupo de afinidade de pessoas negras, para nos ajudar a coletar as necessidades, desejos e ideias para planejar essa data numa perspectiva colaborativa e que fizesse sentido.

“Queremos que as pessoas também se interessem pelas pessoas negras numa perspectiva cultural, de empoderamento e de possibilidade, não só de escassez”
Julia Gomes, Analista de Diversidade e Inclusão do Zé

VoZÉs Negras: Potência, Cultura e Orgulho

Com essa premissa, fizemos uma união de esforços entre o time de Diversidade e Inclusão, Marca Empregadora e Marca Comercial. Intitulamos essa campanha como VoZÉs Negras e realizamos durante todo o mês uma série de ações internas e externas reforçando a importância da luta da população negra e ações afirmativas e deixando evidente que se trata de uma ação simbólica frente toda a jornada de luta da comunidade.

Dividimos essa ação em três pilares:

Letramento;

Representatividade;

Afrofuturismo.

Ações Internas

Dentro de casa, a missão principal foi conectar todos os Zés aqui de dentro nessa jornada de busca pela equidade e representatividade racial, por isso, contamos com VOZES diversas que compartilhassem potência, cultura e orgulho da trajetória negra.

Letramento Racial com Júlia Gomes

Julia Gomes na abertura da Semana VoZÉs Negras — Introdução à palestra sobre Letramento racial

A Julinha, citada muitas vezes nesse artigo, foi quem brilhantemente trouxe o tema para discussão das pessoas do Zé, com o objetivo de fornecer ferramentas para reflexão por meio de conhecimentos técnicos, históricos e práticos sobre temática racial.

Acredito que o óbvio precise ser dito, conhecimentos devem ser compartilhados e, apesar de parecer redundante e cansativo ter que fazer esse processo a cada novo mês de novembro, ainda vejo necessidade de sensibilizar e trazer cada vez mais informações para colaboradores também dentro de casa.

Debate sobre Antirracismo com Gabriel Conrado, Digo Ribeiro e Thais Wright

Palestrantes falam sobre práticas antirracistas, parte da programação VoZÉs Negras

Pessoalmente falando, talvez essa tenha sido a frente com a qual tive mais medo de lidar internamente. Esse não é um problema simples de ser resolvido, envolve estruturas complexas e historicamente muito fortalecidas. Enquanto sociedade, ainda faltam muitos passos antes de alcançar o ideal. No entanto, com todo desconforto que o tema pede, Gabriel Conrado, criador de conteúdo Paraense, ativista do Movimento Afroamazônico e LGBTQ+, Digo Ribeiro e Thais Wright aqui do Zé, bateram um papo super produtivo com todo time.

Trouxeram exemplos práticos de como agir no dia a dia para se perceber quanto privilegiado e, o mais importante, o que fazer com esse reconhecimento para além de momentos em que a pauta esteja em alta e se tornem ações consistentes e contínuas. Saímos de alma lavada e tenho certeza de que também com muita lição de casa.

Afrofuturismo com Renato Nogueira

Renato Nogueira em palestra sobre Afrofuturismo, parte da programação VoZÉs Negras

Pensando no perigo de uma narrativa única, considero fundamental termos contado com Renato Noguera para falar sobre Afrofuturismo. O professor e Doutor em Filosofia, pesquisador, dramaturgo e roteirista, trouxe uma visão longe do senso comum sobre o movimento cultural, estético e político que pensa o futuro sob protagonismo negro.

Me emocionei especialmente ouvindo Renato trazer referências da África Ocidental para refletir o contexto brasileiro, dando luz à necessidade de retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o amanhã. Foi tão importante que <spoiler> o mesmo voltará para um encontro exclusivo com o NOZ muito em breve.

PoDIZcast

Contamos também com os poDIZcasts, pílulas de conteúdo disponibilizadas internamente para todos os colaboradores, idealizado pelo DIZ (programa de Diversidade e Inclusão do Zé) que traz à tona temas relevantes quanto ao aspecto de diversidade vindo da boca dos próprios Zés, voluntariamente. Trata-se de uma ação afirmativa, para tornarmos o espaço cada vez mais inclusivo e diverso.

PoDIZcast sobre Afropresentismo, disponibilizado internamente

Dessa vez, viabilizamos uma série especial relativa à representatividade e afrofuturismo no PoDIZcasts. Foram 5 episódios divididos em 3 temáticas: História e trajetórias de pessoas do NOZ, com o compartilhamento de vivências e reforçando o valor de Pessoas Incríveis; Indicações de filmes, vídeos, livros com protagonismo negro e etc; Práticas, ações, comidas, danças afrodiásporicas e dicas sobre heranças de uma conexão com a ancestralidade.

Os conteúdos inclusive integraram a programação da marca empregadora, alguns deles foram parar no feed e podem ser assistidos no @jeitozedeser.

Sobre sonhos - Marília (Product Designer no Zé)
Quebrando correntes - Fernanda (Product Designer no Zé)
O seu futuro é preto - Eduardo (Designer Criativo no Zé)

Happy Hour Cultural

Atrações artísticas externas em Happy Hour Zé Delivery, parte da programação VoZÉs Negras

Finalizando os trabalhos, tivemos uma celebração incrível da cultura afrodiásporica e contamos com apresentações de Sâmela Ramos, Caio Padro, Mana Bella e João Albino, artista e Product Analyst aqui no Zé. Ambos compartilharam sua arte em forma de música no nosso HH com toda a galera do Zé.

Sabe aquele abraço apertado que a gente gosta e sente falta? Com certeza foi isso o que sentimos por aqui, mesmo virtualmente!

Eventos exclusivos pro NOZ e para além de Novembro

Falar de Afrofuturismo também é falar de apoio e desenvolvimento e pensando nisso, preparamos treinamentos e encontros exclusivos para os membros do NOZ (Negros Organizados do Zé), nosso grupo de afinidade de pessoas negras. Nesses encontros, realizamos conversas para reforçar a potência, união e a força do coletivo.

Além disso, queremos inspirar e reverberar referências do ambiente corporativo, contribuindo assim com o planejamento de carreira, aprendizados e trajetória das pessoas negras aqui do Zé.

“As discussões se iniciaram em nosso Comitê do DIZ (Diversidade e Inclusão no Zé) e, quando fizemos uma ideação com o NOZ (Negros Organizados do Zé), nossas intenções convergiram: Sabemos que sempre será importante o letramento do time todo do Zé, mas também sabemos como o Novembro não é só sobre aprendizados para que os estão entrando nessa jornada, é um marco, um lembrete de reconhecimento da nossa luta, enquanto pessoa negra, como somos fortes, potentes e como somos os sonhos de nossos ancestrais. Faz todo o sentido pensar em ações exclusivas para o NOZ.”
— Julia Gomes, Analista de Diversidade e Inclusão do Zé

Ações Externas

Nossa principal preocupação ao promover ações externas foi levar ao público externo o que de fato acontece internamente aqui no Zé, em que momento estamos e no que acreditamos.

Levantamos discussões e, mais que isso, apoiamos iniciativas e comunidades buscando chegar em diferentes lugares e estreitar nosso relacionamento com talentos negros. Em Employer Branding, demos visibilidade, contribuímos com conversas e, alinhados ao posicionamento de Diversidade e Inclusão, dividimos nossas ações também em três pilares: letramento, representatividade e afrofuturismo, desdobrando nossa programação em conteúdos, co-criação e patrocínio/apoio de diferentes iniciativas.

Pilar Letramento

Na frente de letramento, focamos em trazer informações pertinentes, conceitos, dados históricos e nos posicionar mais uma vez quanto responsáveis por determinados papéis sociais.

Artigo aqui no ReZÉnha

Reforçamos com o artigo sobre a importância de vagas afirmativas, nosso objetivo ao encabeçar nosso primeiro programa de ZÉstágio exclusivo para pessoas negras e outras diversas vagas afirmativas que abrimos no decorrer de 2021.

Aquilombar

Para endossar e levar mais conteúdo, fizemos uma co-criação de conteúdo focado em vagas afirmativas junto à comunidade de influência Aquilombar (@aquilombar).

Post da @aquilombar sobre tipos de ações afirmativas com co-criação da Julia

Pilar Representatividade

Para a frente de representatividade, apoiamos algumas iniciativas importantes e que criam narrativas diferentes das narrativas de sempre dentro do mundo da tecnologia.

Afroya Tech Conf 2021

Peças de divulgação do Afroya Tech Conf

Patrocinamos e convidamos profissionais do Zé para palestrar em uma conferência de tecnologia exclusiva para pessoas negras, a AfrOya Tech Conf, idealizado pela AfrOya Tech Hub, que tem como objetivo “reescrever os códigos” sobre quem produz e lidera tecnologia no Brasil (e no mundo).

Barbara (Data Analytics Manager) — Liderança Negra em Dados

Renan (Writer | Design Foundations) — Criando uma guia de linguagem/redação

Gabriel (Frontend Developer) — Ecossistema Front End no Zé Delivery

O objetivo da AfrOya Tech Hub, organizadora do evento, também é reescrever códigos sobre quem produz e lidera tecnologia no Brasil.

Além de patrocinarmos a iniciativa e levarmos profissionais para palestrar, também teve um momento bem importante pra apresentarmos nossas estratégias de Diversidade e Inclusão:

AfrOya Tech Conf: Leila Evelyn (Analista de Employer Branding no Zé) e Guilherme Ribeiro (Head de Cultura e Inclusão no Zé) apresentando a empresa e nossa estratégia de Diversidade e Inclusão

Quer assistir essas palestras na íntegra? Todas elas estão disponíveis aqui no canal do YouTube da Afroya Tech Hub. Foi demais!

Mais1Code

Apoiamos um negócio de impacto social que oferece mentorias e formações em programação para jovens de baixa renda em todo país, o Mais1Code. O objetivo é inspirador: trazer a tecnologia para mais perto de jovens da periferia, formar jovens solucionadores de problemas de suas próprias comunidades, oferecendo uma trilha de tecnologia, empreendedorismo e negócios.

Referências pretas inspiradoras

Ainda pensando na importância da compreensão da representatividade na prática, convidamos três membros do NOZ, Anderson Teixeira (Chargeback Analyst) , Lorena Rabelo (Software Engineer) e Renan Oliveira (Writer) para dividir em nossas redes sociais quem eram as referências negras que os cercaram durante a vida.

“Figuras negras representativas me foram negadas na juventude. Só fui reconhecer a importância de Jorge Lafond, a Vera Verão, quando já era um pouco tarde. Na infância, eu tinha vergonha das comparações que surgiam como “brincadeira”. Hoje, sabendo quem sou, consigo enxergar que não tinha motivo para me envergonhar, ao contrário. Uma outra figura que sempre esteve aqui foi minha mãe, que mesmo com todas as dificuldades impostas, conseguiu me criar dignamente e me deu toda a base para estudar, me formar e trabalhar. A meu ver, Deus é uma mulher preta e essa mulher é minha mãe.”
(Renan Oliveira)

Post completo aqui.

“Se na maioria dos espaços que frequentei durante a vida eu era uma das poucas pessoas negras, nas minhas referências — em todas as áreas — sempre busquei pessoas parecidas comigo, que eu me identificasse e pudesse me inspirar.”
(Lorena Rabelo)

Post completo aqui.

“Olho para trás e me sinto feliz por ter entrado naquela biblioteca, me sinto bem por encontrar referências pretas que me motivaram e me ajudaram a passar por momentos difíceis ou até mesmo dramáticos, pois, o que é a vida sem um pouco de drama? Sigo minhas referências e ainda ‘quero dançar com alguém que me ame’.”
(Anderson Teixeira)

Post completo aqui.

Como podem ver no link de cada post, nomes como Vera Verão, Thiago Elniño e Angela Davis apareceram e também me contemplaram. Acredito que essa foi a grande sacada e importância desses depoimentos: não são individuais.

20 de novembro, diferentes significados

A fim de oferecer protagonismo a quem tem lugar de fala, foi do NOZ que saiu nossa campanha que trouxe diferentes significados da consciência negra para cada pessoa. Simbólico, foi um conteúdo co-construído junto à nossa marca comercial.

Pilar Afrofuturismo

Na nossa terceira e última frente de atuação, discutimos o afrofuturismo a fim de destacar tecnologia numa perspectiva cultural alternativa e complementar. Tenho orgulho de dizer que esse foi o pilar onde mais testamos formatos.

Live Twitch — Wakanda Streamers

Essa foi a nossa primeira live twitch, falamos sobre carreiras pretas em tecnologia em uma programação apresentada pela galera do Wakanda Streamers. Foi um espaço super importante para também apresentarmos nossa estratégia de Diversidade e Inclusão.

Importante ressaltar que, particularmente, essa foi uma experiência e tanto. Eu, quem nunca havia experimentado a plataforma, percebi um potencial enorme nesse período de isolamento com o lançamento de shows, por exemplo, e a oportunidade de propor uma “roda de conversa” virtual que fizeram minha cabeça explodir. O alcance e permanência dos usuários durante toda programação indica o sucesso do formato. Tive boas impressões e quero mais!

Podcast Afrofuturo — Vozes pretas na tecnologia

Também patrocinamos e fizemos parte enquanto marca empregadora do nosso primeiro podcast, o Afrofuturo, apresentado pela Morena Mariah, no episódio Vozes Negras na Tecnologia.

E mais: Eduardo Arce e Fabi Rodrigues, parte do nosso eZÉrcito, trouxeram referências e discutiram o mercado de tecnologia de maneira afrocentrada, com suas dores e delícias.

O podcast está disponível gratuitamente nas plataformas OLA Podcasts e no Spotify, tá?

Diversidade como estratégia, Inclusão como cultura

Aqui no Zé acreditamos que é possível fazer muito mais contra o racismo, machismo, LGBTfobia e demais violências estruturais presentes em nossa sociedade, e sabemos que é uma jornada urgente e longa a ser percorrida.

“Precisamos dar continuidade a esse processo e abrir mais espaços para muitos que ainda virão, garantindo um espaço respeitoso, saudável, empático e inclusivo. Você pode não ter a dimensão do real impacto que tem mesmo em pequenos momentos, mas eu te garanto que é grandioso e mudará a vida de muitos.” — Guilherme Ribeiro, Head de Cultura, Diversidade e Inclusão

Enxergamos diversidade como parte de nossos objetivos e temos metas de negócio para aumentar nossa representatividade e garantir um ambiente seguro principalmente para essas pessoas. Por aqui, acreditamos que as pessoas precisam ser escutadas e incluídas em todos os processos, pois num lugar onde há inclusão não há espaço para discriminação ou segregação.

“É preciso relembrar que essa tem sido apenas uma das diversas ações e campanhas por aqui. Ao longo desse ano já realizamos várias outras, ainda há algumas a serem realizadas esse mês, e pro ano que vem… vish, vem muito mais!”
— Guilherme Ribeiro, Head de Cultura, Diversidade e Inclusão

Por fim, sinto orgulho por ter feito parte dessa campanha, sem querer puxar saco da chefa, do ladinho de cá confesso que sempre quis ter essa autonomia. Ainda não estamos no cenário ideal, falta muito para alcançarmos como empresa e sociedade o que acredito ser o mínimo, inclusive, mas sinto que de alguma forma contribui com um microuniverso à minha volta.

Ao finalizar minha participação na palestra da AfrOya, brinquei com o Gui que meu principal Retorno Sobre Investimento — ROI já tinha sido alcançado: minha mãe me assistiu ao vivo e ficou orgulhosa de ver sua filha trabalhar. Nada sobre nós, sem nós.

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Leila Evelyn
ReZÉnha

Me disseram que essa era a mídia social do textão, por esse e outros motivos, aqui estou. — 28 anos, Relações Públicas, produtora e várias fita.