Rolê Antropológico: Re-Construindo uma cidade LGBT

Políticas do corpo e histórias de luta e resistência em São Paulo

_erinhoos
Rolê Antropológico
2 min readJul 31, 2018

--

Por ocasião dos eventos organizados em torno da 21ª edição da Parada LGBT de São Paulo, Marcelo Perilo e eu organizamos uma edição do Rolê Antropológico dedicada sobretudo a pensar a história da ocupação LGBT na cidade do ponto de vista da luta pelo direito a uma cidade plural e diversa.

Priorizamos tematizar os espaços, dinâmicas e episódios diretamente relacionados com a luta LGBT na cidade de São Paulo. Assim, falamos, por exemplo, sobre a repressão policial na Galeria Metrópole no final da década de 1960, a emergência de grupos em São Paulo relacionados ao chamado Movimento Homossexual Brasileiro no final dos anos 1970s, a “Operação Limpeza” coordenada pelo delegado Wilson Richetti no Centro da cidade no início da década de 1980, o levante lésbico-feminista no Ferro’s Bar na mesma época, as primeiras Paradas LGBT no final dos anos 1990s, o beijaço no Shopping Frei Caneca no início do milênio e diversos casos de LGBTfobia que foram ostensivamente visibilizados, e que ocorreram em diversos territórios conhecidos.

Cumprimos, desse modo, nosso compromisso em não apenas produzir conhecimento denso e situado sobre a cidade e suas diferenças, mas, oportunizados pelo expediente da Feira Cultural LGBT de São Paulo, que ocorreu no Vale do Anhangabaú, divulgar e promover tal conhecimento — e também as ferramentas de que dispomos para construí-lo — com generosidade e abertura para criar um ambiente de trabalho coletivo engajado.

Ao final do Rolê, as/os participantes comentaram sobre como esta atividade lhes trouxe outra compreensão sobre a cidade. Nós percebemos que todo mundo saiu com seus caderninhos de campo cheios de anotações. ❤

Veja também:

--

--

_erinhoos
Rolê Antropológico

_antropólogo, barista informal, errante incorrigível, cantor de karaokê, sérião nas horas vagas