Iron Maiden: Legacy of The Beast — Review

André “Oneiros” Sitowski
Rolando Dados
Published in
3 min readJul 17, 2016

[dropcap]V[/dropcap]ocê já deve estar ciente, mas não custa nada falar outra vez. O Iron Maiden lançou seu um jogo para celulares com Android e IOS chamado Iron Maiden: Legacy of The Beast (Iron Maiden: Legado da Besta, em uma tradução literal). Claro que eu instalei logo que foi lançado, no dia 05 de julho, e agora vou te contar o que eu achei do joguinho.

Iron Maiden: Legacy of The Beast

[dropcap]L[/dropcap]egacy of The Beast é o que podemos chamar de um RPGzinho descompromissado e bacana… não parece muito animador, né? Pois é, não é mesmo.

A história é até interessante: Eddie T. Head, o famoso mascote do Iron Maiden, está deboas viajando pelo espaço (!), quando aparece um sombra misteriosa que o prende e quebra sua alma em diversos pedaços, espalhando os pedaços de alma por aí. Cada pedaço de alma representa uma encarnação do Eddie, sendo que cada uma dessas tem suas habilidades e golpes únicos no jogo.

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Seu objetivo então é reunir os pedaços da alma do Eddie e combater o ser poderoso por trás desse golpe, passando por vários “reinos” que representam os álbuns lançados pela banda com o passar do anos.

Durante essa saga, vemos toneladas e mais toneladas de referências aos álbuns e músicas do Iron Maiden, como a Clarividente (Clairvoyant) que guia Eddie por sua jornada em busca de vingança e os Soldados (Troopers) que você convoca para te ajudar no jogo… esses no caso são seus amigos que vão receber aquelas solicitações chatas no Facebook.

Tá, eu sei que eu falei que a história era interessante, mas nem é tanto assim. É bem cliché e simplista, mas já vi muitas piores, então vamos em frente…

A jogabilidade é simples e divertida: O clássico RPG de batalhas por turno, onde você controla três personagens contra três inimigos, cada um tem suas habilidades e classes que definem quem é boom contra quem… básico, mas funcional.

Além das almas do Eddie, você também vai coletando almas de outras criaturas para usar como aliados no jogo. O problema é que o jogo acaba sendo muito repetitivo e a gente acaba enjoando fácil.

Um ponto fortíssimo é, óbvio, a trilha sonora, toda com o som da banda, guitarras nervosas e uns gritos do Bruce Dickinson sempre que o Eddie ganha uma batalha… Ah, o jogo só funciona online.

Iron Maiden não aprende…

[dropcap]N[/dropcap]ão sei se você se lembra, e se não lembra não perde nada, mas no fatídico ano de 1999 o Iron Maiden já tinha se aventurado nesse mundo dos games com o completamente desnecessário Ed Hunter.

Ed Hunter foi um jogo de FPS (Tiro em Primeira Pessoa) com os gráficos sofríveis até para os jogos da época, muito repetitivo e chato onde você controlava o Ed (não sei o motivo da escrita diferenciada no nome do Eddie nessa época) que saía atirando no bandidos e monstros que apareciam na tela… sério, muito chato.

Mas era vendido com uma coletânea dos maiores sucessos da banda… grades coisas, sério… coletâneas temos aos montes! Ah sim, tinha a trilha sonora com músicas da banda… UAU! Se for pra jogar algo com a trilha sonora do Iron Maiden eu abro qualquer jogo, baixo o volume e toco Iron no iPod… poxa!

Agora, Legacy of The Beast (esse nome me lembra o Brasil, por algum motivo…) conseguiu me fazer esquecer um pouco da porcaria que foi Ed Hunter, mas ainda assim foi bem abaixo das minhas expectativas quanto a um jogo do Iron Maiden.

Pense comigo: A banda faz trolhentos shows por anos, fatura milhões, tem um avião próprio chamado Eddie Force One que é pilotado pelo próprio vocalista, faz shows incríveis, cheios de bonecos gigantes e pirotecnias fantásticas, fatura mais alguns milhões… e quando resolvem lançar um jogo fazem uma coisa meia-boca? Poxa Iron, não me decepciona não!

Mas se formos analisar os vídeo clipes dos caras, dá pra ver que fazer coisas meia-boca é bem a praia deles… só não se aplica às músicas, que continuam ótimas!

No Fim das Contas…

[dropcap]V[/dropcap]ale a penas instalar Iron Maiden: Legacy of The Beast? Depende: O jogo é simples e nada inovador, mas tem os gráficos bonitinhos e uma trilha sonora bacana. Se você gosta de jogos onde o objetivo acaba sendo colecionar coisas, vale a pena tentar… só cuidado pra não estressar na hora de carregar, pois ele demora um bocadinho.

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André “Oneiros” Sitowski
Rolando Dados

Criador e autor do finado site Rolando Dados, André é apaixonado por literatura fantástica, principalmente a tolkiana, e adora filmes, games e música.