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#RPGenesis Workshop para Autores
2 min readJul 2, 2015

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3. O Papel do Leitor/Anfitrião

Semana de 22 a 28 de Junho do Workshop de Autores #RPGenesis 2015

Este desafio levantou uma série de questões que nunca tinha pensado. Sempre tive ideias sobre mecânicas, temas, etc, mas nunca dei muito ênfase ao leitor/anfitrião…quero dizer, já pensei em fazer “uma cena para putos”, ou “para pessoal que se identifique com paganismo”, mas de certa forma assumi que o essencial ficaria implícito pela forma como o jogo se jogasse — nunca ponderei muito nas palavras do manual (por exemplo) e percebo agora que isso foi um erro, pois tal como o Jogador-Sonhador disse: é preciso “respeitar e acarinhar as pessoas que tornam realidade o convívio na mesa de jogo”.

Não sei se vou conseguir responder a todas as questões ou pensar em todas as premissas necessárias, mas cá vai:
As sessões são para todos os que sonham acordados, todos aqueles que continuam as histórias do sono que deixaram a meio, todos os que se perdem com “ses” surreais, todos os que gostariam de ter um refúgio intemporal, todos os que preferem dragões e fadas a rotinas e quotidiano.
Os intervenientes deste RPG não têm de estar familiarizados com um universo específico, pois o objectivo é fazer com que eles partilhem o seu imaginário e não um interesse colectivo — os espaços, as personagens, os obstáculos serão ditados pelos jogadores.
Pretende-se também que o jogo seja ligeiro, ideal até para quem nunca jogou RPGs. O público alvo deste jogo abraça o inverosímil e deixa espaço para este se manifestar — não se preocupa em traduzir todas as acções e aspectos circunstanciais através de mecânicas, lançamentos, tabelas e cálculos.
O jogo aprende-se com facilidade enquanto se joga — basta apenas que o anfitrião domine as regras e as partilhe com os leitores. Com o consentimento do anfitrião (e em alturas específicas), os leitores poderão partilhar a co-autoria da narrativa, não se limitando apenas a responder aos cenários e situações impostos.
Não é expectável que o anfitrião prepare uma aventura, pense antecipadamente numa linha temporal ou numa sucessão de acontecimentos — quanto muito, basta-lhe esboçar uma ideia — na realidade, este tem de ter alguma capacidade de improviso e admitir desvios ao fio condutor da história.

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