Fachada despercebida

Foto: Juan Lamonatto.

Na Rua XV de Novembro, há 11 galerias e 3 clínicas odontológicas. Mas há uma única galeria que tem na sobreloja uma dessas clínicas. Na janela superior do espaço, uma corneta de som levanta dúvidas. Nem os atendentes do consultório do dentista sabiam dizer para que serve o estranho objeto. Ali, também trabalha o vigia Carlos dos Santos.

Ele é calvo, tem sobrepeso e lhe faltam alguns dentes. Descreve a si mesmo como um dos seguranças mais tranquilos da XV. Disse que nunca sofreu assaltos na galeria. “Só furtos por descuido do pessoal das lojas. Às vezes, levam um celular ou um relógio. É o que mais some”.

Sobre o prédio, o guarda diz que trabalha ali há mais de 5 anos, mas não sabe quem é o dono. A corneta de som, arrisca, é do alarme.

Santos relata que já esteve ali um professor. Não recorda se era da Universidade Federal ou do Colégio Estadual. O homem dizia que aquele era um “prédio importante da arquitetura de Curitiba” por causa das formas de pinhão na fachada e dos vitrais coloridos, que estão ao lado da corneta. O visual é único da cidade.

Por Juan Lamonatto

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A XV de Novembro é uma rua de personagens

Medium do jornal laboratório do curso de Jornalismo do UniBrasil Centro Universitário