Rua das Flores
Na “Rua das flores”, como é chamado o calçadão da Rua XV de Novembro, há 131 canteiros de flor. Seis estão sem flores e sem terra para plantá-las. Dos nove quiosques, apenas dois vendem flores.
“Tudo que acontece na XV é normal”
Uma delas existe há 33 anos e é chamada “Flowers Gaio”. A proprietária é Valquíria Urubatan Gaio, de 38 anos. Há seis anos, ela vende flores no quiosque. Com uma maquiagem forte e um vestido curto, a comerciante é um pouco retraída e fala pouco.
Formada em Agronomia na Universidade Tuiuti do Paraná, Valquíria mora bairro Cajuru, com o marido. É casada desde outubro de 1996 e tem duas filhas. Ela conta que não estranha o agito de seu local de trabalho. “Tudo que acontece na XV é normal. Se não acontecesse de tudo na XV, não seria a XV”.
“A floricultura ganhou meu nome”
A outra floricultura da XV existe há 37 anos e é chamada “Rubiana Flores”. A proprietária é a são-paulina Rubiana Ronkoski, que vem à loja desde criança, quando seus pais (já falecidos) tocavam o negócio. “A floricultura ganhou meu nome”, conta.
Ao observar o espaço em torno da floricultura, diz que fica feliz de ver a área limpa e que esse é um bom trabalho da prefeitura, que removeu várias pessoas em situação de rua dali. Ao mesmo tempo afirma que ele não resolveu tudo. “A XV era a rua das flores, cheia de cor. Agora está apagada”.
Por Juan Lamonatto