HABITAÇÃO
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2 min readSep 7, 2016
A lógica das políticas de habitação hoje em Juiz de Fora é uma lógica de exclusão, que joga a população pobre cada vez mais longe do centro e em conjuntos habitacionais sem a mínima estrutura. Uma lógica que não leva em consideração a territorialidade das famílias e que privilegia em grande parte as empreiteiras. Precisamos trabalhar com uma lógica mais racional, que faça com que a população seja integrada na cidade e não excluída e afastada.
PROPOSTAS
- Pensar a habitação como forma de garantia de qualidade de vida, tendo o ser humano como centro dessas políticas e não o lucro das empreiteiras, como o que vem ocorrendo na grande maioria dos municípios.
- Reconfigurar o IPTU para uma taxação progressiva do imposto, pesando mais no bolso dos grandes proprietários e menos no da população geral, com benefícios tributários por critérios regionais e ambientais.
- Combater a especulação imobiliária, a pressão das empreiteiras e influência desses atores nas políticas de habitação.
- Parceria com a UFJF e IF Sudeste de Minas para programas de extensão e pesquisa voltados para as comunidades e suas carências.
- Todo o processo de formulação e implantação das políticas de habitação feitos pela Prefeitura, sem atravessamento de entidades que não sejam governamentais.
- Transparência e controle popular sobre a EMCASA e rediscutir a função do Minha Casa Minha Vida, onde hoje se beneficiam somente as empreiteiras, tornando o programa mais racional e humano e desmontando a lógica segregacionista e mercantilista.
- Combater políticas higienistas e de gentrificação, frutos da especulação imobiliária, como ocorreu e ocorre na Curva do Lacet, nas mediações da Mata do Krambeck e em outras diversas áreas.
- Pensar a criação de Conjuntos Habitacionais autogestionáveis.