POR UMA POLÍTICA SOBRE DROGAS HUMANA E QUE FOMENTE A VIDA!

Frente Popular Socialista
Só a luta muda a vida
2 min readSep 9, 2016

Atualmente, o uso de drogas caracteriza-se como um problema de saúde pública e social em todo o mundo. Segundo o último relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, no ano de 2014, estima-se que 207.400 pessoas tiveram suas mortes relacionadas com as drogas. Apesar de 29 milhões de pessoas sofrerem algum tipo de transtorno relacionado ao uso de drogas, apenas uma em cada seis encontra-se em tratamento. Tais dados demonstram, portanto, a necessidade não só de se abordar o uso de drogas, mas também de se modificar os sistemas assistenciais existentes, abrangendo uma série de fatores, como suas estruturações, modelos, possíveis barreiras no acesso aos serviços e às políticas da área, dentre outros. Sabe-se que a perspectiva proibicionista, denominada de “Guerra contra as drogas” constitui-se em um modelo falido, que, além de não conseguir abranger o problema em sua amplitude, traz consigo uma série de consequências negativas que não estão presentes no uso em si das substâncias psicoativas. Dessa forma, necessitamos urgentemente de novas formas de lidar com o uso de drogas que vão para além da repressão, entendendo essa temática como um assunto de saúde pública e de ações setoriais integradas: saúde, educação, assistência social etc.

Em suma, o uso de drogas deve ser compreendido como uma das variadas formas de expressão humana, presente nas práticas dos homens ao longo do tempo, não se configurando, a princípio, como algo negativo. Torna-se, então, irreal pensar numa sociedade sem drogas, fazendo com que nossas atenções e políticas públicas devam estar voltadas para compreender que esse uso somente pode se conformar como um problema a partir do momento em que os sujeitos começam a estabelecer determinadas relações com as substâncias, permeados pelos seus contextos de vida e sociabilidade. Estando essas configurações societárias pautadas por lógicas de crescente desigualdade e constantes crises (sejam elas sociais, econômicas, urbanas, políticas etc.), não é compreensível que cada vez mais determinadas questões se complexifiquem e agravem?

Além disso, é importante frisar que as visões estigmatizantes e preconceituosas frequentes no imaginário social e fomentadas pela mídia, somente contribuem para a descaracterização do assunto e, logo, para o seu agravamento. Tem-se como principais implicações a marginalização de discussões imprescindíveis sobre o tema e suas variadas frentes, fazendo com que se aprofundem processos já recorrentes de segregação, criminalização e higienização sociais, que incidem com maior peso em parcelas específicas da população, como os pobres e negros.

Portanto, cabe ao Estado e ao poder público a conformação de políticas públicas sobre drogas que rompam com um histórico de segregação, marginalização e criminalização em direção a propostas mais contextualizadas e humanas, abrindo espaço para a vida! Se você carrega consigo estes ideias, vote 50, Maria Angela!

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A Frente Popular Socialista é um grupo criado para mostrar uma alternativa para a política de Juiz de Fora que desloca o protagonismo político para o povo.