Quando a dor pesou mais do que Thor podia aguentar!

Davi Alves
Saber Teológico
Published in
3 min readMay 8, 2019

Creio que nossa percepção das coisas é diretamente influenciada pelo modo como caminham nossas emoções. Após assistir Vingadores: Ultimato, tenho passado um bom tempo pensando no que Thor teve de enfrentar ao longo da caminhada.

No filme, podemos ver o todo poderoso filho de Odin enfrentando uma condição que nós homens, conhecemos muito bem: a depressão. Lidar com perdas e fracassos não é uma tarefa muito simples, cada pessoa reage de uma forma distinta da outra. Thor sentia em seus ombros o peso da perda do pai, da mãe, do irmão. O peso de ver sua terra dizimada e seu povo reduzido a quase nada. O peso do fracasso ao não poder conter Thanos em seu plano. Ele estava sentindo o peso mais humano possível em seus ombros “divinos”.

Dentre todas essas dores, creio que a mais aguda seja a dor do fracasso. Incrível como temos maestria em sermos nossos próprios algozes, castigando nossas emoções. Thor se isolou, castigou seu corpo e mente por achar que não era digno de viver na presença dos quais ele havia decepcionado.

Nos momentos em que enfrentamos condições como a do “deus do trovão” temos a tendência de perder nossa identidade. Não sabemos que rumo tomar nem para onde voltar. Nossa mente vagueia nos momentos em que deixamos ótimas oportunidades escaparem e que não voltam mais. Nos vemos sem futuro, como se nossos fracassos determinassem nossa identidade.

Precisamos entender o poder dos recomeços. Só podemos seguir em frente com a cabeça erguida se entendermos o que o Apóstolo Paulo disse.

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filipenses 3:14–15.

Não podemos avançar na caminhada da vida Cristã sem deixar as coisas do passado, no passado. E parece que Thor entendeu isso no fim. Partir em uma nova jornada junto aos Guardiões da Galáxia, rumo à descoberta de si, para mim demonstra que ele entendeu que para viver o novo, é preciso deixar o velho para trás, confiando que na nova vida encontraremos nossa definitiva identidade.

Afinal, não é esse o chamado da vida em Cristo? Deixar o velho homem para viver o novo?

Desejo que possamos deixar nossos fardos, perdas e fracassos aos pés de Jesus e vivamos o novo junto a ele, confiando que ele é bom e justo para nos perdoar.

Soli Deo Gloria.

Davi Alves.

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