Hulk e a nova natureza
O que Hulk, pode nos ensinar acerca da temperança da vida?
Hulk talvez seja uma das figuras mais marcantes do mundo dos quadrinhos. Sempre se apresenta com expressões bem traçadas e vívidas. Uma de suas grandes características é a raiva — essa que, quando motivada, toma conta de todo o ser de Bruce Banner, enquanto sua genialidade sai de cena.
Banner vive um dilema que muito de nós no mundo moderno vivemos: a falta de equilíbrio. Durante anos, ele tentou diversas vezes encontrá-lo entre o cientista e o monstro, dilema que remete ao romance “O Estranho caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde”, de Robert Louis Stevenson.
Coincidentemente, a Bíblia descreve perfeitamente esse estado de falta de equilíbrio desde suas primeiras páginas. Na queda da humanidade perdemos o equilíbrio e fomos fadados ao preço do pecado, a saber, a morte espiritual:
Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;
A humanidade, assim como Hulk, age com sua natureza corrompida deixando ser o norte de suas vidas. A doutrina da depravação total é um exemplo claro dessa natureza corrompida.
Por nossa inclinação ser má por natureza, vivemos em guerra com Deus, homens e natureza.
Também guerreamos na: política, religião e filosofia.
Deus estabeleceu padrões na criação e, assim como Banner busca o equilíbrio, o Criador trouxe através do sacrifício do seu Filho a oportunidade de equilibrar a alma do homem que vivia em constante rebelião.
Em Avengers: Ultimato, vemos um Hulk, ou melhor, o Professor Hulk, em paz consigo mesmo pois encontrou o equilíbrio antes perdido.
O personagem é uma perfeita analogia aquilo que o ser humano busca incessantemente: a paz.
O prazer pela desordem e desequilíbrio já não são características do “novo Hulk”, pois experimentou uma mudança radical, assim como a caminhada com Cristo se assemelha.
Talvez nossa rebelião seja apenas um grito de agonia, para que a paz invada nosso ser em toda sua completude, trazendo a nós graça e harmonia.
Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbem os seus corações, nem tenham medo.
Na paz,
Bruno Pulis