Regina Fernandes Sanches
Editora Saber Criativo
2 min readMay 6, 2021

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A Espiritualidade Indígena

Izaías Pataxó

Os indígenas veem na espiritualidade um catalisador e norteador de sua vida diária. Desde cedo as crianças são ensinadas (por meio da oralidade do testemunho) pelos pais e pelo líder religioso chamado de Pajé, a importância de valorizar, praticar e viver a espiritualidade. Ela é entendida como a maneira própria de vivência, socialização e entendimento da vida. Não é algo de fora ou distante, alienado da vida, ao contrário, é solícito a ela em sua manifestação concreta. A espiritualidade emana de dentro para fora, de perto para longe, é experimentada, prática e vivencial. No meio indígena não há a preocupação em sistematizar o pensamento religioso, antes, mais importante que conhecer é viver.

Os povos com essa visão de mundo compreendem a vida e todos os seus eventos, sejam passados ou presentes, como traços que integram a existência e a manutenção do grupo e das gerações seguintes. A sua sabedoria é de cunho prático, vivencial, social e comunitário. O método de transmissão do conhecimento é o de contar histórias, do saber compartilhado, transmitido de maneira oral e reproduzido no dia a dia da comunidade. Logo, compreendemos que os diferentes povos do mundo possuem maneiras diversas de observação, interpretação e aplicação do conhecimento, entre eles, os povos indígenas.

A cultura indígena carrega uma forte identidade religiosa, ou seja, leva a sério suas crenças; uma herança que dura sua existência como povo. O nascimento de uma criança, os costumes, o início na vida social e os rituais de passagem, as cerimônias de casamento, a medicina natural, as reuniões em conjunto, são características culturais norteadas pela espiritualidade, que são tidas como essenciais e trazem prosperidade ao grupo.

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