Construindo uma Igreja Acolhedora
Thiago Souza Moreira
A obra trata da questão da etnicidade e suas relações no contexto das comunidades lucanas, para fins de argumentar a importância da Igreja acolher o estrangeiro, o diferente e todos (as) que dela se aproximam. Para isso, o autor, conhecedor da exegese bíblica, analisa detalhadamente as obras de Lucas, o evangelho e livro de Atos, e defende a ideia de que ele escreveu para suas comunidades com a finalidade de exortá-las ao bom convívio, comunhão, superação das diferenças em seu convívio e, principalmente, ao acolhimento das pessoas estrangeiras.
O mundo romano era formado por uma diversidade étnica e o cristianismo antigo tinha como desafio lidar com essas diferenças na formação de suas comunidades. Não se tratava somente de judeus receberem gentios na fé cristã, mas de acolherem grupos étnicos diversos.
Conforme o autor, Lucas faz questão de mencionar a parábola do Bom Samaritano contada por Jesus como uma forma de comprovar que o estrangeiro é tão participante da nova fé quanto qualquer outra pessoa, inclusive como modelo de generosidade e humanidade a ser seguido. O cristianismo deve expressar, então, um amor capaz de superar os conflitos étnicos, religiosos e sociais.
A obra apresenta de modo sério uma teologia bíblica do acolhimento e do respeito, que nos ajuda, inclusive, a compreender nosso papel como comunidade acolhedora na atualidade.
