Um fartote no Museu da Marioneta

Rui Lopes
Safarka
Published in
3 min readJan 27, 2019

Depois de assistirmos a uma peça de teatro no Museu da Marioneta, aproveitámos que era domingo e fomos visitá-lo gratuitamente (até às 14h).

Apesar de muito pequeno é recheado de informação e detalhes! Demorámos cerca de 45 minutos, com algumas fotos e palhaçadas pelo meio.

Abaixo deixamo-vos alguns momentos demonstrativos do percurso que deu início a toda a exposição permanente, passando pela Ásia, maioritariamente Tailândia e Indonésia; depois pela Europa, África, Brasil e acabando em Portugal, pelos conhecidos Bonecos de Santo Aleixo.

Algumas máscaras da exposição permanente

No vídeo seguinte, o Bruno foi levado à força por dois pequenos curiosos a improvisar um teatro de marionetas/fantoches. Aqui fica um excerto do improviso.

Um fartote.

Nunca tínhamos feito nada do género para o público, mas constatamos que a experiência foi muito engraçada. Toda a arte tem o seu engenho e esta, além de engenho, dá uma dor de costas desgraçada. E pés dormentes também.

Moral da história:

É tão fácil fazer crianças felizes e, à mínima piada, riem-se e divertem-se como tão genuínas que são. Atuar para este público mais novo é sempre gratificante mas não deixa de ser exigente, visto que dizem exatamente o que pensam e sem papas na língua.

Lá mais para o final, começam a aparecer pequenos bonecos e os seus adereços ainda mais pequenos. O véu é levantado e chegamos a uma exposição de Stop Motion.

Apesar de conhecermos o conceito nunca vimos um cenário real. O detalhe das esculturas e pintura são realmente impressionantes, que certamente requerem uma paciência de chinês para conseguir montar um cenário de 1m2.

Mas isto era só o início! O Museu disponibiliza ainda um stand onde podemos colocar os nossos dotes artísticos em prática.

Não resistimos à tentação de nos armar em Wes Anderson e, inspirados no filme Isle of Dogs, arriscámos numa produção do intitulado Lisbon Tram, em apenas 10 segundos 😅.

Eis o péssimo resultado:

A dificuldade de executar esta arte é bastante elevada. Para estes míseros 10 segundos demorámos cerca de 5 minutos. Mas atenção, já tínhamos o cenário todo prontinho, com luzes, câmeras fixas, objetos preparados e tudo, tudo..!

Mas nem assim… 🤣🤣

Já agora, sabem quantos frames são precisos para conseguir gravar um “Olá” em modo stop motion?

R: 25! São precisos pelo menos 25 fotos, em sequência, para conseguir transmitir um “Olá”. Portanto, aproximadamente 8 fotos por letra. Por exemplo: para executar o Isle of Dogs foram necessários mais de 144.000 frames!

Depois de sairmos, fizemos o download da App recomendada pelo museu: Stop Motion (ícone azul), para continuarmos a fazer experiências.

Ficámos com vontade de conhecer melhor as culturas onde o uso de máscaras ainda passa por rituais e onde o teatro com uso de máscaras é dono dos palcos.

E mais! Com a pulga atrás da orelha pela eventual possibilidade de aplicar estes adereços no Safarka.

Qui ça.

Museu da Marioneta
Convento das Bernardas
Rua da Esperança, n° 146
1200–660 Lisboa

Telefone: +351 213 942 810
Fax: +351 213 942 819
E-mail: museu@museudamarioneta.pt

Aberto de terça-feira a domingo
10h00 às 18h00

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Rui Lopes
Safarka
Editor for

Entrepreneur and CEO at Safarka. Passionate about the entertainment industry, immersive experiences & science.