Estampa e movimento

Equipe Saibalá
Saibalá
Published in
2 min readMay 26, 2016

Ricardo Tatoo mostra que, na dinâmica das ruas, menos é mais

Legal. Tenho o curso online, o material e algumas ideias. E pra tirar a ideia da cabeça e passar pra camiseta?

Pensa assim: na rua, quem fica parado ou é poste, ou está esperando o ônibus, ou mora na rua mesmo. O resto está em constante movimento.

Não que isso seja engraçado, mas essas são três referências marcantes para entender que a estampa, para funcionar na linguagem de camisetas, carece de ser mais simples e com menos detalhes do que uma arte impressa ou digital. A leitura nas ruas e no movimento é rápida e os detalhes, além de passarem despercebidos, podem poluir a arte, causando confusão visual e assim perdendo o impacto desejado.

Um truque para escolher a arte ideal é buscar um desenho simples, no estilo daquela camiseta do CHE! — aquela que tem uma cor em alto contraste, e que com pouca informação permite ver o rosto, barba, bigode e boina. Talvez por isso esta camiseta tenha passado de ícone de protesto para ícone pop.

Outra sugestão, depois de encontrar a arte que deseja, é “cerrar” os olhos (sabe, dar uma fechadinha nos olhos). Quando cerramos os olhos, os detalhes somem. Sendo assim, os detalhes que sumirem você simplesmente elimina da arte. Se o detalhe for uma mecha de cabelo, uma pena do pássaro, algo que você considera importante na estampa, carece de reforçar e engrossar esta parte.

Quando escolhemos uma referência via sites de busca, se a imagem tiver leitura mesmo que em miniatura, esta com certeza será uma boa escolha de arte para virar estampa.

Lembre-se também de escolher uma combinação de cores na qual haja contraste, isto é, uma cor clara e uma cor escura. Assim você garante que o contorno fique bem legível.

Bora tintar a vida!

Ricardo Tatoo é professor do curso online Customização de camisetas: stencil e arte urbana na moda, produzido em parceria com a Saibalá.

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