Onboarding: Como foi minha experiência de chegada na Centauro

Vanessa dos Anjos
sbf-tech
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6 min readAug 3, 2020

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Quando um profissional leva em consideração a mudança de emprego, isso pode se dar por vários motivos: upgrade na carreira, aumento de salário, mais oportunidades de crescimento, aquisição de novas experiências profissionais. No entanto, sair da zona de conforto para desbravar um novo ambiente pode ser muito desafiador, especialmente quando se está há muito tempo em um mesmo lugar.

“Uma das maneiras que as empresas encontram de contextualizar os novos profissionais é utilizando um processo de onboarding”

As minhas experiências passadas com onboarding foram integrações feitas pelo RH da empresa e duravam em média 4 a 6 horas. O conteúdo desses onboardings costuma começar por assuntos mais gerais passando por cultura, visão e valores da empresa, até assuntos mais burocráticos, como benefícios, contratos, preenchimento de formulários etc.

Além dessa integração com o RH também costuma existir o onboarding do primeiro dia de trabalho. Geralmente acontece de o gestor nomear alguém do time como “padrinho” do novo integrante e a missão desse padrinho costuma ser mostrar as instalações do escritório, estrutura da região para almoço, banco, hospitais, farmácias. Além de apresentar o novo integrante para os times e falar como funciona a atuação do Design dentro das squads, se for o caso. O restante das informações e contextos geralmente vão acontecendo com o tempo.

Convite para trabalhar na Centauro

No início desse ano, fui convidada a me juntar ao time de Design da Centauro para assumir projetos que envolvem as experiências digitais que oferecemos nas nossas lojas físicas.

Quando recebi esse convite, fiquei muito empolgada com a ideia, pelo fato de ser um desafio muito diferente daqueles que tinha atuado até então, mas como é de se esperar tinha alguns receios: será que eu daria conta de assumir projetos como esses? Será que a empresa teria uma maturidade e estrutura de Design para que eu possa desenvolver meu trabalho de maneira eficiente? Será que o trabalho de Design seria muito operacional?

Com todos esses receios e dúvidas, procurei algumas informações sobre o time de design da Centauro em sites, redes sociais e Medium, mas não encontrei nada. Então decidir buscar no LinkedIn pelos designers que trabalhavam lá e tive a oportunidade de conversar com duas pessoas. Eles foram muito solícitos e sinceros, me passaram uma perspectiva real de como é trabalhar na Centauro, com os pontos positivos e negativos. Esses feedbacks foram essenciais para minha tomada de decisão em aceitar esse desafio.

Primeiros dias na Centauro

Pulando para meu primeiro dia de trabalho, como é de se esperar, eu estava ansiosa, com medo do novo desafio, e estava esperando que minha recepção seria no máximo a famosa integração com o RH, para falarmos de cultura e regras da empresa.

Quem nunca viveu esse momento? É uma mistura de sentimentos: ansiedade, entusiasmo e medo, tudo ao mesmo tempo. Por mais que seja um dia de muitas expectativas, para alguns pode se tornar um dia desconfortável porque são tantas informações que só de pensar já dói a cabeça. E para piorar: em muitas empresas no primeiro dia de trabalho só se apresenta algumas pessoas, é mostrado o local de trabalho e se entrega um documento com seus acessos. E lá se vai um dia de trabalho com cara de paisagem e sem saber exatamente o que fazer.

Além disso, sabemos que esse momento de recepção também é um desafio para as empresas porque elas precisam investir tempo e esforço para que o novo membro se sinta confortável e confiante para desenvolver seu trabalho.

Para a minha surpresa não foi só isso que aconteceu, além da integração com o RH, também fui recepcionada pelos líderes do time de Design com uma apresentação de onboarding específica para o time de UX. Essa apresentação também continha assuntos gerais da empresa, mas principalmente pautas relacionadas ao trabalho de Design na Centauro e também relacionadas ao trabalho que eu viria a desenvolver.

Após a apresentação desse conteúdo, partimos para conhecer o resto do time de UX. Também fui levada a minha mesa, onde já estava tudo preparado: computador, agenda, camiseta, canetas, um cartão lindo de boas-vindas que o time fez, além de algumas guloseimas.

Kit de boas vindas

Meu segundo dia foi de imersão junto com a PM que trabalharia comigo. Ela me apresentou tudo sobre o projeto que estava trabalhando e, nesse momento, pude tirar minhas dúvidas e até mesmo já sugerir algumas novas ideias.

Depois disso, tive a oportunidade de explorar uma das lojas físicas da Centauro. Observei o máximo de coisas possíveis, como a interação dos clientes na loja, o atendimento do time de vendas, o funcionamento dos displays interativos. Tudo isso mudou a minha percepção em relação a essas experiências digitais em lojas físicas.

Como meu trabalho é relacionado à lojas, achei que essa recepção fosse exclusiva para os times que atuam em projetos desse tipo, mas logo descobri que todos os colaboradores da Centauro tem a mesma oportunidade de vivenciar um dia em loja, na central de atendimento e no CD (Centro de Distribuição).

Processo de integração em loja física e CD (Centro de distribuição)

“Isso tudo me fez lembrar sobre o método de ensino 70 20 10, que é uma prática de aprendizagem que indica que 70% do aprendizado de um profissional vem dos desafios rotineiros, das difíceis decisões, da experimentação, repetição e acúmulo de experiência”

Também trouxe aqui uma lista dos conteúdos que foram abordados nesses primeiros dias.`

Depois do onboarding

Depois de todo o processo de onboarding, comecei de fato a colocar a mão na massa: organizei benchmarkings, participei de dinâmicas, pesquisas e diversas outras entregas que eram importantes para o projeto. Enquanto eu estava fazendo essas atividades, algumas pessoas me perguntavam quanto tempo que eu tinha de casa, e ficavam surpresos quando eu falava que tinha só algumas semanas. Isso me fez receber muitos feedbacks positivos e eu pude perceber o quão eficiente foi esse processo de onboarding, afinal em pouquíssimo tempo consegui absorver muito sobre a empresa, que é exatamente a função do onboarding.

Com 7 anos de experiência como UX designer eu nunca tinha passado por um processo de onboarding onde todos os pontos que normalmente causam grande ansiedade foram abordados tão assertivamente. Em nenhum momento me senti perdida ou deslocada.

O mercado está sempre em busca de lançar produtos e serviços com experiências inovadoras, para oferecer aos seus usuários e clientes sempre a melhor experiência. E por quê não começarmos esse movimento dentro de casa? Essa era uma coisa que eu sempre me questionava e por isso decidi compartilhar a minha experiência de onboarding aqui na Centauro.

O resultado disso é que consegui rapidamente me sentir segura para executar minhas atividades. Como benefício para a empresa, os novos membros do time começam a desenvolver seus trabalhos de maneira mais eficiente, conhecendo a empresa por diferentes perspectivas, de maneira síncrona e com o cliente sempre ao centro das decisões de negócio.

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Vanessa dos Anjos
sbf-tech

Product Designer Lead with focus on solutions strategic, thinking always on alignment between user, business and technology. linkedin.com/in/vanessadosanjos