Inside Insight: olhando o trabalho do pesquisador por dentro.
Tenho certeza que todo mundo aqui já sentiu, de uma forma ou de outra, o impacto da transformação digital no seu trabalho. Desde coisas simples, como o uso de novas tecnologias para desempenhar tarefas, até coisas mais complexas e profundas como o propósito da profissão que atua, dos diferenciais que ela pode — ou não — aportar em um novo contexto que se desenha a nossa frente.
Foi essa inquietação que fez a Scoop & Co, em parceria com a ABA Insights, mergulhar em uma jornada de tentar entender como a transformação tem impactado a vida e o trabalho dos profissionais de pesquisa e insigths brasileiros.
A transformação digital impactou mas parece que bateu mais pesado, bem no centro do trabalho do pesquisador.
O estudo mostrou que alguns pilares da transformação digital impactaram muito fortemente, trazendo ao mesmo tempo desafios e oportunidades.
O movimento das empresas em busca de ser mais user centric, colocar o cliente e suas vontades no centro das decisões de negócio é um desses exemplos. Por um lado trouxe mais protagonismo e relevância para função de pesquisa, por outro, fez com que a conexão com o consumidor e até a realização de projetos de pesquisa passaram a serem feitas por diferentes departamentos da empresa, saindo das mãos dos pesquisadores.
Coisa parecida acontece quando as empresas passam a ser mais orientadas a dados, coletando informações em todos os touch points com seus clientes, em busca de entender melhor os comportamentos e acertar mais nas suas estratégias. O lado positivo desse movimento é o surgimento de novos caminhos de carreira como o mundo de analytics e ciência de dados. Ao mesmo tempo, o fluxo de informação e insights está vindo de diferentes fontes, espalhadas por toda organização, fazendo com que parte dos pesquisadores sintam que tenham perdido o “controle” da posse dos dados e do natural protagonismo que isso oferecia no passado.
Por fim, a implementação de métodos ágeis de condução de projetos também colocou muitos desafios na mesa do time de pesquisa. Como ser mais ágil? Como mudar o mindset de oferecer a “certeza” logo de cara para o mindset da evolução constante em busca da certeza, através de processos de pesquisas recortados e com muita iteração?
Entre otimistas e pessimistas, uma coisa nos une: precisamos repensar e evoluir.
Como é de se imaginar, toda essa transformação bateu de forma diferentes nos profissionais. Alguns estão tendo uma perspectiva otimista, percebem muitas oportunidades para a função no futuro. Já outros estão mais pessimistas, com dificuldades de se reposicionar no novo contexto.
O que é fundamental, para ambos os lados, é entender o processo de transformação, o novo contexto que está se desenhando e mudar o que for preciso, evoluir e encontrar a nova proposta de valor da função para o mercado.
No report detalhamos alguns caminhos que acreditamos serem fundamentais e urgentes para o reposicionamento no novo contexto: é preciso iniciar um movimento de re-skilling, de atualizaçao de soft e hard skills; reinventar o jeito de encarar e fazer pesquisa, não abandonando os pilares fundamentais da area mas tomando cuidado para que eles não se tornem uma bola de ferro que impeça a transformação que é necessário acontecer; retomar o protagonismo a partir de uma mudança de mindset e de incorporação de novos papéis dentro de uma organização.
Essa transformação não vai acontecer de uma hora para outra. Ela é uma jornada. Nos da Scoop & Co queremos engajar mais e mais pessoas nesse movimento e acreditamos que esse estudo pode ser o primeiro passo, um primeiro iniciador de conversa. Você pode ter acesso aos conteúdo completo no www.insideinsight.info e também deixar seu contato para que a gente possa te contar das novidades sobre o assunto e os próximos passos.