A dúvida de Oakland: é a hora certa de ser agressivo na deadline?

por Cássio Lyra

Segunda Base
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3 min readJul 22, 2018

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Billy Beane (esq.) e David Forst (dir.) são as mentes por trás dos A´s e agora precisam decidir se vale a pena ir para o “go for it”. (Foto: Aric Crabb/Bay Area News Group)

Depois do filme Moneyball, que conta a história da temporada de 2002 do Oakland A’s, muitos brasileiros que acompanham a MLB tiveram uma simpatia a mais pela equipe da Califórnia. É claro que todo mundo tem o seu time, mas é inegável que depois do filme muitos deles tenham guardado um espacinho no coração para o Oakland A’s como o segundo time. 2018 e os Athletics, acreditem se quiser, estão brigando por uma vaga na pós-temporada.

À essa altura do campeonato, no mês de julho, os Athletics seriam centro das atenções no mercado de trocas para negociar seus melhores jogadores e encher o sistema de valiosos prospectos. Em 2018, no entanto, o cenário pode ser diferente. Eu, pelo menos, gostaria muito que fosse diferente.

É bem verdade que a última vez que os A’s estiveram nesse momento, brigando pelos playoffs, em 2014, o time apostou alto e quebrou a cara. Caras como Yoenis Cespedes e Addison Russell foram negociados e os A’s tiveram Jon Lester, Jeff Samardzija e Jason Hammel até serem eliminados naquele jogo maluco de wildcard contra os Royals que só terminou na 12a entrada. Depois disso, Oakland nunca mais foi aos playoffs.

Claramente que os A’s não estarão na briga pelos jogadores mais valiosos que devem ser negociados até 31 de julho. Kelvin Herrera e Manny Machado já trocaram de times enquanto que outros podem ter o mesmo caminho, como: Zach Britton, Noah Syndergaard, Brian Dozier, Chris Archer, Brad Hand, Mike Moustakas, Michael Fulmer, J.A Happ, Cole Hamels são alguns deles. Mas mesmo assim é possível fazer pequenos negócios que deixarão o time mais forte pelos próximos dois meses de temporada regular. O time californiano já se mexeu ao contratar o fechador Jeurys Familia em troca com os Mets neste sábado (21).

Analisando o elenco do Oakland Athletics a carência gigantesca é a rotação titular que tem no momento Sean Manaea, Daniel Mengden, Frankie Montas, Brett Anderson e Edwin Jackson. Convenhamos que chegar onde os A’s estão no momento com esse quinteto é de ficar impressionado. Perto do que Oakland pode oferecer, se for oferecer algo, há alguns nomes interesssantes que podem ajudar a melhorar essa parte do time.

Fui dar uma pesquisada rápida pra saber quem poderia ser esses alvos e cheguei com esses resultados: Mike Fiers, Francisco Liriano, Lance Lynn, Dan Straily, Tyson Ross, Dylan Bundy. Eu sei, eu sei. Nenhum desses aí em cima saltam os olhos pelos seus números em 2018. Mas é o que melhor o mercado pode oferecer e que podem ajudar até o fim de setembro.

Não sei o que Billy Beane e companhia vão fazer em relação a melhorar alguns aspectos do elenco. O time está jogando bem com várias gratas surpresas, como Blake Treinen, Jed Lowrie, Ryan Buchter, Stephen Piscotty entre outros. Mas seria legal para a torcida dos Athletics terem um motivo a mais para assistir os jogos de seu time no Coliseu de Oakland.

Vamos ver o que vai acontecer durante esse fim do mês de julho. Eu tentaria algo de diferente, mas sem prejudicar o sistema de prospectos, coisa que é certeza que a diretoria do A’s não fará. Apesar de tudo, mesmo com os jogos acontecendo de madrugada e com pouca gente assistindo, o time do Oakland A’s é um dos mais divertidos de se ver em 2018. Ir às compras pode não ser um mal negócio. Vale a insistência.

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