Uma boa experiência: a visão de um leigo sobre o MLB The Show 18

por Leonardo Parrela

Segunda Base
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4 min readMay 4, 2018

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The Show vem se consolidando nos últimos anos como o rei do beisebol no mundo dos video games. (Foto: PlayStation)

O Segunda Base foi convidado pela assessoria de imprensa da PlayStation no Brasil para testar a nova edição da franquia MLB The Show e durante o mês de abril, nos dedicamos a explorar o jogo. O material está reunido em duas partes. A primeira é esta, com a visão do nosso Leonardo Parrela, um iniciante no mundo do The Show. Confira!

Estou aqui me envolvendo em um texto que nunca acreditei que fosse escrever: um review sobre um jogo de video game. Bom, não me leve a mal, eu amo jogar video game, só nunca me achei capaz o suficiente para escrever sobre os jogos de uma maneira crítica, mas dessa vez foi exatamente isso que me foi pedido: escreva a sua sensação sobre o jogo. Então, sem mais delongas, nas linhas abaixo compartilho a minha experiência com o MLB The Show 18!

Começo esclarecendo que o último MLB que joguei no PlayStation 4 foi a edição de 2013. Sim, 2013. Logo, qualquer movimento no jogo seria novidade para mim. Enquanto o jogo instala (demora, mas compensa) somos convidados a jogar uma partida de exibição com os dois times que estavam na última Série Mundial: Astros e Dodgers, no Minute Maid Park. É um bom começo para você se acostumar com o jogo. Aprender (ou relembrar) os comandos básicos do jogo: arremessar, rebater, defender e correr entre as bases. O jogo te dá três maneiras de executar os comandos e você pode escolher qual se sente mais a vontade, o que é bom pois você escolhe o que for mais conveniente à sua pessoa. O impacto da evolução dos gráficos é grande. Cada vez mais próximo da realidade, os uniformes, estádios, uniformes alternativos estão impecáveis.

Passada a fase de instalação você seleciona a sua franquia predileta e a interface do jogo tem a temática do time escolhido. No meu caso, que sofro com o Seattle Mariners, os templates variam entre Kyle Seager e Felix Hernandez. Nesta edição não estão disponíveis os modos exibição, franquia online e o modo que te permite disputar apenas uma temporada, o que tira um pouco das opções de jogos sem tanto compromisso (no caso da exibição ou modo temporada). O jogo também não apresenta modos comuns encontrados em jogos de outros esportes, como a realocação ou expansão de franquias, o que tira um pouco da fantasia do jogo.

A jogabilidade em si, eu julgo como ótima. Tirando alguns bugs defensivos no campo interno: as bolas rasteiras causam pesadelos e esses erros são observados quando você está em algum modo que te permite controlar todos os jogadores. Porém, a jogabilidade em si, é muito boa. As adaptações a posições (trocas entre jogadores de campo interno, a conversão de um primeira base para o campo externo) são mais lentas e graduais, buscando se aproximar o máximo possível da realidade.

Ainda estão disponíveis as simulações de entrada, as contagens rápidas e todas as ferramentas que adiantam o jogo quando você não puder jogar as nove entradas completas. O elenco dos times são constantemente alterados com as atualizações para ser o mais fiel possível aos alinhamentos da vida real.

Ao jogar o modo franquia, você tem a liberdade de um GM para montar o time, contratar agentes livres, realizar trocas, mover e fazer scouts de prospectos. Não é tão profundo quanto o Out Of The Park, mas os jogos apresentam propostas diferentes. O foco é muito mais no que acontece dentro do campo do que na experiência em ser manager, o que limita as ações fora do ballpark. Nada que seja decepcionante, que fique registrado. A ausência de alguns prospectos se dá devido a questões contratuais entre o jogo e a Associação de Jogadores da MLB — o que não é novidade na franquia The Show.

O modo Road To The Show apresenta mais variação visando modos passados. Mais especificidades na criação do jogador e do tipo que jogador que você pretende ser ao escolher uma posição. Além disso, o jogo é mais fiel ao seu aproveitamento em campo: se antes existia a possibilidade de alocar os pontos de experiência de acordo com a vontade, agora você “faz por merecer” a melhoria nos atributos. Se você realiza um bom fielding, os atributos nesse aspecto do jogo são realizados, só se ganha potência no bastão rebatendo home runs e assim por diante. É uma mudança legal que deixa mais fiel a evolução do jogador de acordo com o desempenho dentro do campo. Ainda acho o modo mais legal de jogar, pelo fato de ser um esportista frustrado.

Dentro da proposta do jogo que é simular e te colocar dentro da realidade do mundo da MLB, é uma ótima diversão. Existem muitas possibilidades que podem ser exploradas, o que faz do jogo difícil de se sentir o cansado de jogar. Sempre existe um desafio a ser cumprido, tanto nos modos online quanto offline. Desconsiderando as raivas passadas com os bugs defensivos que as vezes aparecem, o jogo é um bom produto e vale a pena ser jogado.

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Desde 2011, o Segunda Base traz conteúdo original e análises sobre a MLB, produzidos por uma equipe de apaixonados por beisebol