O que é RH Estratégico e o que inovação tem a ver com isso?

Afinal o que é RH Estratégico e porque o RH deve ser o guardião da inovação dentro de uma companhia?

Jéssica Piovan
4 min readSep 17, 2018

Essa semana participei de grandes rodas de conversas com parceiros da área de RH e obtive insights muito legais sobre como atuação da área é essencial dentro de uma companhia. Devemos nos ater ao papel da área de Gente e como somos nós ps grandes detentores de aprendizagem dentro de uma empresa.

Inovação, agilidade, utilidade e presença são os componentes básicos para um RH de sucesso. É essa área que determina e cria qual é a cultura da empresa, logo ela se faz decisiva e essencial para a existência da corporação. Muito se fala na necessidade de o RH ser estratégico, mas o que de fato é isso?

Ser um RH estratégico não é necessariamente sentar do lado do C-LEVEL ou boarding de uma companhia, ser ouvido e participar ativamente da construção das metas da companhia.

Isso é consequência.

Ser um RH estratégico é atuar organicamente no crescimento do negócio. Se envolvendo de forma natural as metas da companhia.

É aquele que ajuda a empresa a executar a sua estratégia através da implantação da cultura. Participar da formulação da estratégia é consequência, ou seja, ser chamado para "a mesa" e algo que acontecerá cada vez mais e mais.

O RH de pensamento estratégico deve:

1- Entender e se conscientizar da realidade e do business da companhia;

2- Entender como ele pode ajudar a empresa a ir para o lado certo e rumo a essa realidade;

3- Alinhar e atuar, consolidando todos os seus esforços para esse rumo.

4- E cuidar de pessoas.

Repito: cuidar de pessoas, pois são elas que caminham junto para essa realidade anual.

O RH estratégico deve fazer tudo o que ele já faz com todo o seu ferramental, mas de maneira alinhada com o business da empresa. O RH deve entender mais do que as outras áreas o que a empresa deseja para aquele ano.

Mas onde entra a inovação? Gosto de entender a inovação não como uma nova idéia, mas como uma estratégia disruptiva. Que rompe com todo e qualquer status quo dentro de uma companhia ou de uma área. Por muito tempo assisti aos CEOs reclamarem que o RH chega com idéias mirabolantes e que não estão alinhadas com o plano da empresa. A inovação não é idéia mirabolante. Inovação é uma estratégia que rompe com o estado atual das coisas. Tudo o que é estratégia é feita de forma organizada e alinhada.

CRQ — Catalisar, Romper e Questionar…

São as áreas que questionam o status quo, são as áreas que vão manter a empresa viva, pois provocam mudanças profundas de como as coisas sempre deveriam ser. É simplesmente desafiar o plano, tomando uma uma atitude e observar como essa atitude catalisa o meio.

O papel do RH é ser o guardião do CRQ, promovendo não só ações dentro da companhia que permeiem esse caminho, mas de trazer a idéia de pensamento crítico de todas as áreas através da formação desses indivíduos para o mundo. Trazer pensamento crítico é simplesmente solucionar problemas através da lógica e racionalização de forma prática.

Recentemente nós da Ensaio, Laboratório de Inovação que catalisa idéias a todo momento dentro das corporações, realizamos um projeto dentro de uma companhia onde inserimos o pensamento crítico e de Growth Hacking em um processo de Coaching de Competências. A principal dor do CEO era de que os funcionários não estavam 100% alinhados com os comportamentos esperados da companhia.

Mas nós identificamos que, na verdade, a insatisfação vinha do modelo já implementado. O grande objetivo era de romper o modelo de Desenvolvimento de Competências que vinha sendo utilizado pela companhia e criamos em conjunto com os líderes (de C-Level a coordenação) uma maneira de desenvolver as competências essenciais de cada funcionário e por área.

O resultado foi incrível e empoderou o RH da companhia, pois a inteligência de todo o processo foi passada a diante e inclusive para outras áreas. Mas o ganho mais importante foi o de inserir o pensamento crítico no desenvolvimento de competências, pois através de uma matriz de experimentação comportamental pudemos colher aprendizados mais rápido sobre as mudanças de comportamentos que os colaboradores passaram a adotar e assim inserimos o pensamento crítico de mudança e solução de problemas.

Não existe fórmula mágica para inovar, existe apenas questionamento!

O que você deseja questionar na sua companhia hoje?

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Jéssica Piovan

Empreendedora, psicóloga, fundadora do Instituto Itankale e catalisadora de inovação na Ensaio.