38 livros para você ler durante as 38 rodadas do Campeonato Brasileiro
DESLIGUE O CARTOLA E VÁ LER UM LIVRO
Organizado por Fábio Felice
Um livro por rodada. Mergulhe em páginas da literatura durante o Brasileirão. Não perca tempo com mesas-redondas ou gincanas eletrônicas. Como diria Tim Maia, leia os livros.
1- FUTEBOL AO SOL E À SOMBRA
Eduardo Galeano
O livro é organizado em tópicos que vão desde simples elementos do futebol (como a bola ou o estádio) até os maiores jogadores de todos os tempos — passando pelas jogadas e torneios mais marcantes da história. O que poderia ser algo rígido e monótono é transformado em uma leitura fluida e prazerosa por Eduardo Galeano. O autor de “As Veias Abertas da América Latina”, através de sua escrita poética e cheia de frases surpreendentes e significados naquilo que não é dito, tangencia tudo aquilo que amamos nesse esporte mas não temos como definir. Para ler de cabo a rabo em um final de semana ou para deixar no banheiro para ler aleatoriamente um tópico por dia, Futebol ao Sol e à Sombra é um livro obrigatório para todos que apreciam a beleza desse esporte. (Andre Vidiz)
2- PELADA — UMA VOLTA AO MUNDO PELO PRAZER DE JOGAR FUTEBOL
Gwendolyn Oxenham
Pelada é uma daquelas histórias que dá uma certa inveja de quem a viveu. Gwendolyn Oxenham é uma americana apaixonada por futebol que meio sem querer acaba encontrando uma maneira de percorrer o mundo jogando futebol e escrevendo sobre suas percepções de cada país. No total, Gwendolyn percorre 25 países, participando das peladas mais incríveis ao redor do mundo. A sua obra é quase um “road book” sobre futebol. Diferentemente de um livro técnico ou histórico, Pelada nos convida a conhecer o mundo pelos olhos de Gwendolyn e viver suas conquistas e frustrações junto com ela, o que acaba sendo uma experiência sensível para quem ama o futebol. (Guilherme Dorf)
3- FEBRE DE BOLA
Nick Hornby
Num dos mais clássicos livros sobre futebol, o autor mostra a passagem de sua infância para a vida adulta paralelamente aos jogos do seu time, o Arsenal. Com muita precisão histórica e sentimental, Hornby relata eventos ocorridos nos dias de jogos durante quase 25 temporadas do Campeonato Inglês, entendendo que o time e sua vida caminham juntos. Essencial para quem se sente mais confortável abraçando estranhos numa arquibancada do que trocando impressões vazias com conhecidos num encontro casual. (Fábio Felice)
4- SCORING AT HALF-TIME
George Best
Não há apresentação capaz de contemplar o que significa George Best para o futebol. Neste livro, escrito por ele próprio, Best reúne diversas histórias curtas sobre suas experiências dentro e fora do campo, contadas com humor e franqueza típicas do quinto beatle. (Daniel Brito)
5- FUTEBOL, JORNALISMO E CIÊNCIAS SOCIAIS: INTERAÇÕES
Ronaldo Helal, Hugo Lovisolo, Antonio Jorge Gonçalves Soares
O Brasil é o país do futebol? Confesso que essa hoje é uma das minha maiores inquietações e que essa reunião de artigos acadêmicos produzidos pelo grupo de pesquisa “Esporte e Cultura” da Faculdade de Comunicação Social da Uerj não ajudou de forma alguma a sanar. Do contrário, as publicações reunidas neste livro (produzido antes do 7x1) buscam entender os processos que levam “à construções mitológicas que surgem em torno do futebol brasileiro”, pela ótica das ciências sociais e se debruçando em manchetes esportivas. Estudos tão sérios e heterogêneos que acabam por desterritorializar muitas das máximas que o senso comum do “esporte bretão” nos faz reproduzir e naturalizar, sem questionar. Das únicas certezas que fico após a leitura do livro: não é só um jogo. (Luiz Paulo C. Teixeira)
6- CHARLES MILLER — O PAI DO FUTEBOL BRASILEIRO
John Mills
Com um texto primoroso e ampla documentação, John Mills esmiúça a vida do precursor do futebol no Brasil. Mais que uma aula da história do futebol, o livro contextualiza com maestria o momento histórico de centros importantes do crescimento do futebol, como Southampton e São Paulo, além de dar luz às biografias de outros personagens importantes na vida de Charles Miller e na história do futebol brasileiro e mundial. (Yuri Casari)
7- VENENO REMÉDIO
José Miguel Wisnik
Doutor em letras, especialista em música e apaixonado por futebol, o professor Wisnik elaborou um ensaio em que o futebol é o prisma capaz de investigar diversas faces da vida em sociedade. Discursos de ódio, desigualdades sociais, violência, democracia, tudo acontece ao mesmo tempo dentro e fora das quatro linhas. (Clayton Fagundes Cardoso)
8- O DRIBLE
Sérgio Rodrigues
Certamente o melhor livro de ficção com o futebol como tema central do Brasil. Livraço, pra devorar, talvez, no intervalo de um jogo! A bola permeia o drama da relação entre Murilo Filho e Murilo Neto. O pai, um aposentado jornalista esportivo dos anos de ouro do futebol e da crônica esportiva. O filho, um revisor de livros de autoajuda, colecionador de velharias dos anos 1970. Entre eles, um abismo gigante, segredos de família e dos tempos da ditadura. E o drible de Pelé em Mazurkiewicz! (Fernando Figueiredo Mello)
9- O SEGUNDO TEMPO
Michel Laub
Em 12 de abril de 1989, Grêmio e Inter se enfrentavam pelas semifinais do Campeonato Brasileiro de 1988 na partida que foi promovida como o “Gre-Nal do Século”. Nas arquibancadas, um garoto de quinze anos divide as atenções entre o jogo e a ansiedade de ter que dar ao irmão mais novo uma notícia que vai mudar definitivamente a vida dos dois. Laub usa a partida como pano de fundo para um drama familiar, narrado por um protagonista muito jovem para as responsabilidades que carrega. Com uma prosa fluida e uma estrutura original, o autor modula o desenrolar da trama de acordo com os acontecimentos da partida. (Antonio Mammi)
10- PALMEIRAS X CORINTHIANS 1945 — O JOGO VERMELHO
Aldo Rebelo
Em tempos de jogadores de Palmeiras e Corinthians manifestando seu apoio a candidatos de extrema-direita, a história de Palmeiras x Corinthians 1945 — O Jogo Vermelho serve-nos de paradigma para repensar as origens de cada um dos clubes, revivendo o curioso episódio no qual as equipes se enfrentam em amistoso para arrecadar fundos para o então chamado “Movimento Unificador dos Trabalhadores”, braço sindical do Partido Comunista Brasileiro, em 1945. O livro traz relatos interessantíssimos sobre o contexto social vivido à época, às vésperas das eleições presidenciais pós-Estado Novo e com o mundo ainda digerindo o término da Segunda Guerra Mundial, que traria uma nova polarização na ordem global na qual o apoio a ideais comunistas teria um notório significado. (Gustavo Chimure)
11- VENCER OU MORRER - FUTEBOL, GEOPOLÍTICA E IDENTIDADE NACIONAL
Gilberto Agostino
A frase “não é só um jogo”, atualmente em alta entre os fãs do futebol, é abastecida de sentido e significados nessa obra de Gilberto Agostino. Ao longo do livro o autor se propõe a expor o futebol a partir de uma ótica diferente, sua análise transcende as quatro linhas e põe luz ao papel do esporte bretão como um mecanismo de Estado, principalmente de Estados autoritários. Vencer ou Morrer é uma verdadeira aula de geopolítica que percorre, ao longo de seus 6 capítulos, diferentes momentos do futebol e em diferentes espacialidades. Com uma leitura agradável, o livro esmiúça a relação futebol-estado desde o momento da popularização do esporte, passando pela 1ªguerra mundial, nazismo, comunismo, ditaduras na América Latina, Hooliganismo, chegando às Seleções Africanas como ferramentas de construção de uma identidade nacional em países totalmente segregados em consequência de todo um processo histórico avassalador. Futebol e Política em relação constante, essa obra traz a resposta do porquê esse esporte “não é só um jogo”. (Douglas Bandeira)
12- JOGO SUJO
Andrew Jennings
Desde pequeno, ouço que “o futebol é um jogo muito sujo”, mas as provas mais concretas que tive disso foram a entrada assassina do Roy Keane no Alf Inge Haaland, os textos-meme enojantes do Gunther Schweitzer e os Brasileirões decididos no apito e/ou no tribunal. Andrew Jennings mostra o iceberg inteiro, narrando todo o processo de como a FIFA se tornou uma máquina de corrupção, com histórias curiosas (e narradas de maneira leve, até engraçada) de bastidores, com precisão. Dica: quem lê esse livro dificilmente usa artigos da Adidas sem se sentir enojado novamente. (Pedro De Luna)
13- O TRAUMA DA BOLA — A COPA DE 82
João Saldanha
“O erro não foi não ganhar, o erro foi ganhar antes. Não se ganha Copa do Mundo com musiquinha ou batendo bumbo”. Mestre João Saldanha fala de toda a participação do extraordinário time do Brasil na Copa da Espanha, em 1982, sem poupar suas veementes, sinceras e construtivas críticas, por mais duras e ácidas que possam parecer, escritas dia após dia, durante aquelas semanas, em sua coluna para o Jornal do Brasil. Um refresco delicioso na memória de quem vivenciou aquela Copa e uma verdadeira aula para os mais jovens que a descobriram depois de nascer. (Gracindo Caram)
14- PURO FÚTBOL
Roberto Fontanarrosa
Falar de Roberto ‘El Negro’ Fontanarrosa é falar de futebol. Ou melhor, fútbol. Escritor, cartunista e humorista, o rosarino — como Messi — está mais para Maradona das sátiras e contos folclóricos sobre futebol. Puro Fútbol é uma coleção de pequenos contos, através de uma visão de gênio, que expõe como a cultura argentina vive sua paixão pelo esporte. (Gabriel Castanho de Oliveira)
15- ENTRE OS VÂNDALOS
Bill Buford
O autor, americano, decide entender o fenômeno do futebol e passa a frequentar jogos e viajar com os hooligans ingleses. O livro é escrito depois de 9 anos dessa imersão cultural e explica muita coisa sobre o futebol, sobre o que significa torcer para um time e sobre a humanidade. (Andre Vidiz)
16- INVASÃO DE CAMPO
Barbara Smit
Estranhamente, Invasão de Campo não costuma figurar na lista de livros recomendados sobre futebol. Na realidade, a obra trata mais do que acontece fora das quatro linhas, mostrando como dois irmãos nascidos em uma cidade pequena da Alemanha criaram dois impérios gigantes do esporte mundial: Adidas e Puma. O livro tem um enredo de filme. Começando na década de 20, somos levados a conhecer a mente brilhantes dos irmãos Adi e Rudolph Dassler, as dificuldades que a guerra gerou para os negócios, as brigas e traições familiares, as negociações intrincadas com equipes e atletas e os bastidores das maiores estratégias de marketing do século. A partir de um texto bem narrado,Barbara oferece um achado precioso para quem se interessa por futebol, marketing, história e negócios. (Guilherme Dorf)
17- TEMPOS VIVIDOS, SONHADOS E PERDIDOS
Tostão
É sempre bom ouvir Tostão. No seu livro mais recente, o camisa 9 da seleção brasileira tricampeã do mundo relembra passagens da vida e da carreira. Sua memória é impressionante. Tostão nunca foi um jogador comum, tanto dentro quanto fora de campo, fruto de sua visão privilegiada para enxergar companheiros e pensar o mundo. Do começo no Cruzeiro, passando pelas Copas de 66 e 70, a lesão no olho, o curso de Medicina e a carreira de comentarista. Tostão é gigante. (Fábio Felice)
18- A CHAMA IMENSA
Ricardo Araújo Pereira
Ricardo Araújo Pereira nasceu em Lisboa, em 1974, e é tido como uma das maiores referências do humor em Portugal. O livro reúne crônicas escritas durante o período em que o humorista colaborou com o jornal desportivo “A Bola”, todas absolutamente tendenciosas (e deliciosas) a favor do Sport Lisboa e Benfica. Sem poupar jogadores, árbitros, dirigentes e comentaristas, acumula brigas e polêmicas em defesa da causa benfiquista, em especial envolvendo o Futebol Clube do Porto. (João Francisco Pessini)
19- SARRIÁ 82 — O QUE FALTOU AO FUTEBOL ARTE?
Gustavo Roman e Renato Zanata Arnos
O livro busca contar a história da Seleção de 1982, da preparação até o fatídico jogo contra a Itália. A novidade é que pega aspectos táticos de todos os jogos da Copa e dos amistosos preparatórios, tentando entender o porquê daquele time que encantou o mundo ter perdido. E a conclusão é surpreendente e pode mudar a forma como vemos para nosso futebol. (Leonardo Miranda)
FIM DO PRIMEIRO TURNO
COMEÇO DO SEGUNDO TURNO
20- DOSSIÊ 50
Geneton Moraes Neto
Inúmeros buscaram explicações para o Maracanazzo na Copa de 1950. Cada um de sua maneira. Mas nenhuma tentativa de entender aquele jogo é tão gratificante quanto o livro Dossiê 50, que foi atrás dos 12 personagens brasileiros daquela decisão (os 11 titulares e o técnico Flávio Costa). Uma obra-prima para os fascinados pela derrota mais emblemática da história das Copas do Mundo. (Yuri Casari)
21- A VINGANÇA DO TIMÃO
Carlos Moraes
Ramiro; Sentado, Coréia, Maitá e Geraldo; Tonhão e Válter; Bejeja, Dorinho, Tucano e Guanair Lebrão. Quem tiver lido esse clássico da literatura infanto-juvenil dificilmente vai esquecer do onze inicial do Pedra Moura Futebol Clube, o time de moleques da fictícia cidade gaúcha de Tupanci. Até há uma Tupanci do Sul e outra Tupanciretã lá pelos pampas mas, feito uma Macondo de Gárcia Márquez, o vilarejo ambienta uma fábula de futebol. Filhos de profissionais liberais e jovens marginalizados juntam suas panelas para enfrentar o temido time profissional da cidade: o Elite. Uma história que simboliza um ideal de identidade nacional com o qual, antigamente, só o futebol era capaz de nos iludir. (Antonio Mammi)
22- VICENTE MATHEUS: QUEM SAI NA CHUVA É PARA SE QUEIMAR
Luis Carlos Ramos
Polêmico, folclórico, inculto, inteligente, centralizador, ambicioso, mas um personagem maravilhosamente curioso. Este foi Vicente Matheus (1908–1997), o homem que mais tempo presidiu o Sport Club Corinthians Paulista. Que foi amigo real da maioria de presidentes de outros clubes brasileiros e que tinha admiradores entre torcedores de muitos outros times também, enquanto seus inimigos não foram, necessariamente, seus adversários políticos, mas sim aqueles que queriam usar o Corinthians em benefício próprio, pouco se importando com o bem do clube. (Gracindo Caram)
23- TRICOLOR CELESTE
Luís Augusto Símon
Ao longo de sua história, o São Paulo FC e sua torcida criaram uma grande identificação com nosso país vizinho, o Uruguai. Tricolor Celeste mostra como isso se deu através da passagem dos 4 ídolos são-paulinos que nasceram do outro lado da fronteira: Pedro Rocha, Pablo Forlán, Darío Pereyra e Diego Lugano. De maneira concisa, o autor conta a história da chegada de cada um deles, de suas atitudes que os destacaram de outros jogadores e do legado que deixaram no imaginário e na cultura do clube. (Andre Vidiz)
24- 1942 — O PALESTRA VAI À GUERRA
Celso de Campos Jr. e Gustavo Piqueira
No livro 1942 — O Palestra vai à Guerra, Celso de Campos Jr. procura recriar o ambiente vivido à época de um dos mais famosos feitos da história palmeirense, a arrancada heroica, que dentre outras coisas cravou para a eternidade a famosa frase “não nos querem Palestra, pois seremos Palmeiras e nasceremos para ser campeões”. À primeira vista pode parecer que o livro é de interesse apenas para torcedores do Palmeiras, porém na realidade é leitura indispensável para todos que queiram entender o ambiente desportivo vivido no Brasil durante o Estado Novo e a Segunda Guerra Mundial. Com o acirramento da segunda grande guerra, comunidades imigrantes oriundas de países do Eixo, composto por Alemanha, Itália e Japão, passaram a sofrer perseguição dentro do Brasil getulista, o que forçou agremiações como o Palestra Itália e o Sport Club Germânia a mudar de nome para evitar que seu fechamento fosse decretado pelo estado. Buscando compreender todas as nuances deste momento histórico, o autor faz uma imersão na filosofia do Estado Novo e como ela impactava o esporte na época. Leitura muito prazerosa e com um suporte fático-histórico primoroso. (Gustavo Chimure)
25- O BOTAFOGO DE 95
Thales Machado
Todo mundo consegue se lembrar precisamente aonde estava quando o seu time do coração conquistou um título importante. Thales Machado resolveu levar essa ideia à milionésima potência com seu O Botafogo de 95. Em 1º de janeiro de 2015, o autor resolveu abrir uma conta no Twitter que narrava o dia a dia do Botafogo, porém, como se estivéssemos em 95. Com uma impressionante riqueza de detalhes, acompanhamos o surpreendente e imprevisível ano do Botafogo de Túlio, Wagner, Carlos Augusto Montenegro e de tantos outros. O projeto fluiu tão bem que Thales resolveu transformar a coletânea de tweets em um livraço leve, preciso e bem humorado que conta todos os bastidores do ano que jamais será esquecido pelos botafoguenses. (Guilherme Dorf)
26- O NEGRO NO FUTEBOL BRASILEIRO
Mário Filho
Um livro para entender o Brasil. Assim como Raízes do Brasil, de Sergio Buarque de Holanda, e Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, O Negro no Futebol Brasileiro estabelece com maestria a especificidade da cultura brasileira, de ser brasileiro na sua natureza e sentido. Um livro fundamental para entender a própria concepção do Brasil e seu povo. (Clayton Fagundes Cardoso)
27- POLÍTICA, PROPINA E FUTEBOL
Jamil Chade
Os bastidores da corrupção que assola a FIFA há mais de 30 anos e que resultou em prisões de manda-chuvas em meados de 2015. Joseph Blatter, José Maria Marin, Jeffrey Webb, Jérôme Valcke, Jack Warner e, claro, Ricardo Teixeira são os personagens dessa envolvente trama real. Jamil Chade, veterano correspondente internacional e um dos jornalistas mais bem informados sobre os assuntos da bola, conta com detalhes como a entidade montou um poder paralelo, com acordos milionários, para saquear o esporte mais popular do planeta. (Fábio Felice)
28- TÁTICA MENTE
Paulo Vinícius Coelho
Em pequenos capítulos, PVC tenta contar a história “tática” das Copas do Mundo, esmiuçando como os craques jogavam e como atuavam os times que fizeram história e aqueles que saíram sem deixar lembranças, mas que tiveram um grande impacto no futebol — como a Escócia de 1986, que revelou um jovem treinador chamado… Alex Ferguson. (Leonardo Miranda)
29- A PÁTRIA DE CHUTEIRAS
Nelson Rodrigues
Um dos maiores e mais polêmicos escritores brasileiros, fundamental na história do teatro deste país, Nelson Rodrigues também foi um grande cronista e comentarista de futebol. Este livro traz diversas crônicas dele, consideradas as melhores e mais comentadas, ao longo dos anos, publicadas nos veículos de Imprensa pelos quais passou. Relançado pela Ediouro, em 2012, ano do centenário de nascimento do autor. (Gracindo Caram)
30- ALEX, A BIOGRAFIA
Marcos Eduardo Neves
Na biografia de um dos mais cerebrais jogadores dos últimos tempos, Marcos Eduardo Neves e o próprio Alex (com várias aspas ao longo o livro) contam detalhes e bastidores da carreira do meia-esquerda. Do casamento com a filha do presidente do Coritiba à estátua no Fenerbahce, passando pelo porre melancólico durante a Copa de 2002 e outras histórias do jogador que sempre disse o que pensava, já que pensar nunca foi uma dificuldade. (Fábio Felice)
31- A PERFEIÇÃO NÃO EXISTE
Tostão
Na maioria das vezes, ao avaliar um ex-jogador de futebol precisamos separar a poesia que ele produziu dentro de campo, da prosa que ele produz fora dele quando pendura as chuteiras. Quem nasce na terra de Pelé já cresce sabendo que o Edson Arantes do Nascimento, jogando com as palavras, é um perna de pau de marca maior. Das mais gratas exceções que confirmam essa regra vem justamente o Tostão, um dos maiores craques do seu tempo, quando o Rei do Futebol ainda escrevia as mais belas páginas da história esporte dentro de campo. Este livro é um apanhado das melhores crônicas produzidas por Tostão (que continua escalando o Romário no lugar dele na melhor seleção brasileira de todos os tempos) na Folha de S. Paulo. Lúcido, dentro e fora de campo. (Luiz Paulo C. Teixeira)
32- O FUTEBOL DOS IMBECIS E OS IMBECIS DO FUTEBOL
Sérgio (Arapuã) de Andrade
Sérgio Andrade, o popular Arapuã, ficou conhecido por sua coluna “Ora Bolas!”, no Última Hora paulista das décadas de 60 e 70. Notável pela sua acidez crítica de costumes, de política e até de futebol. O livro mantém afiada toda essa ironia de Arapuã contra os “pernas de pau” do nosso futebol. Com textos divertidíssimos, Arapuã conta anedotas riquíssimas sobre nosso ludopédio. (Clayton Fagundes Cardoso)
33- OSWALDO BRANDÃO — LIBERTADOR CORINTHIANO, HERÓI PALMEIRENSE
Maurício Noriega
A biografia do único técnico de futebol que, até hoje, conquistou títulos dirigindo Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. No Palmeiras, liderou a eterna “Academia de Futebol”. No Corinthians, foi o técnico que tirou o time da fila depois de 23 anos, na inesquecível final de 1977. Grande material de pesquisa e contextualização do jornalista Maurício Noriega. (Gracindo Caram)
34- OS 55 MAIORES JOGOS DAS COPAS DO MUNDO
Paulo Vinícius Coelho
O catedrático PVC relembra jogos históricos das Copa do Mundo, com análises que fogem dos clichês que sempre nos acostumamos a ouvir quando falamos em Itália x Alemanha em 70 ou Brasil x Argentina em 78. Com a precisão tática que lhe é característica, o jornalista destrinchou como jogavam as grandes equipes das Copas e conversou com jornalistas de todo mundo, a fim de trazer mais visões e opiniões sobre os grande embates dos mundiais. (Fábio Felice)
35- NA BÔCA DO TÚNEL
Org. João Saldanha
Primeiro e até hoje único livro escrito por técnicos e para técnicos no Brasil. A publicação data de 1967 e foi organizada por João Saldanha, que reuniu 30 profissionais, entre técnicos, auxiliares e preparadores de goleiros, para falar de temas como tática, técnica, preparação física, arbitragem e futebol em geral. (Leonardo Miranda)
36- MENINOS, EU VI…
Juca Kfouri
Uma coletânea de causos magistrais do melhor que o jornalista viu, dentro de campo, no futebol brasileiro. São cinquenta histórias: um gol inesquecível de Pelé no Pacaembu; a misteriosa tia libanesa que assistia à Copa de 70; Garrincha consolando seu carrasco; entre outras crônicas bem-humoradas contadas pelo combativo Juca Kfouri.(Gracindo Caram)
37- MOURINHO ROCKSTAR
Luís Aguilar
A biografia do treinador que mudou o patamar imagético daqueles que comandam times de futebol. “The Special One”, como é conhecido entre os português, coleciona afetos e desafetos no mundo do futebol, e o autor Luís Aguilar conta detalhes da relação de Mourinho com importantes figuras do meio futebolístico, como Ibrahimovic, Pep Guardiola, Alex Ferguson, Sergio Ramos, entre muitos outros. Admirar ou odiar, só não é possivel ignorar o treinador. (Guilherme Dorf)
38- COMO O FUTEBOL EXPLICA O MUNDO
Franklin Foer
O futebol é mais do que um jogo? Nesse livro do jornalista Franklin Foer sim! O futebol é ransgressão, união e resistência contra tudo que assombra o futebol nos dias de hoje: mercantilismo e negócio. Mas os caminhos que Foer traça pelo mundo para entender esse fenômeno — da Itália ao Irã, do Brasil à Bósnia — , vão além, derrubam mitos e revelam personagens inverossímeis: desde um hooligan inglês, filho de uma judia com um nazista, mulheres que frequentam os estádios iranianos a cartolas corruptos do Brasil; e uma torcida organizada sérvia transformada em uma brutal unidade paramilitar. Um retrato inesperado e vivo da nova ordem mundial. (Clayton Fagundes Cardoso)
