A bola longa será a arma dinamarquesa na Copa do Mundo

Matheus Nascimento
Sem Mundial
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4 min readJun 6, 2018
Treinador dinamarquês ainda encontra dúvidas para achar time titular (Foto: Reprodução/The Sun)

A Dinamarca anunciou os nomes dos vinte e três jogadores que terão a honra de representar a nação no maior evento futebolístico de todos, a Copa do Mundo. Porém, assim como muitas seleções, houve surpresas nos cortes feitos pelo técnico Age Hareide. Nicklas Bendtner, o maior artilheiro entre os jogadores ativos na seleção, ficou de fora assim como Andreas Bjelland, outro que tem experiência internacional.

Nicklas Bendtner lesionou a virilha na última semana, durante um jogo do seu atual clube, o Rosenborg. O atacante de 30 anos até tentou demonstrar para Hareide que estava bem, treinando separado antes do amistoso disputado contra a Suécia, no último sábado (02), mas o técnico optou pela segurança e deixou o atacante na lista de reservas do Mundial. O corte de Andreas Bjelland também aconteceu em função de lesão.

Segundo Age Hareide, os jogadores não estarão em forma até o primeiro jogo da Copa, que é contra o Peru e é bastante decisivo para a classificação da equipe no grupo. Hareide disse que a seleção peruana é concorrente direta pela vaga na segunda colocação e precisa de todos os jogadores nas melhores condições de jogo.

Peter Arksen, Daniel Wass, Pierre-Emile Hojbjerg, Riza Durmisi e Mike Jensen também não conseguiram ir para a lista dos 35 e estão na lista reserva da Copa.

Na primeira competição mais importante de Age Hareide, a Dinamarca já conta com o estilo de jogo e a cara do seu treinador: um futebol mais direto, agressivo e rápido. Kasper Schmeichel, o goleiro do Leicester, da Inglaterra, é o titular da meta dos De Rød-Hvide. Muito bom com os pés, conseguindo sair e ajudar no jogo dos zagueiros, além disso, muito reflexo e elasticidade, garantindo segurança na meta. Simon Kjaer é o capitão da equipe, o zagueiro é um dos principais enganches de ataque junto com Eriksen, acredite ou não. Ao lado do gigante, o jovem Andreas Christensen ganha a vaga de titular de Bjelland, e terá a missão de segurar os ataques perigosos que a Dinamarca enfrentará nesta Copa. Os laterais Jens Stryger-Larsen e Henrik Daslgaard terão bastante liberdade para subir, mas a marcação será o primeiro ponto a ser olhado.

O meio-campo é um dos pontos mais fortes da seleção, com William Kvist, Thomas Delaney, Michael Krohn-Dehli e Lasse Schöne, o treinador terá a tão falada ‘dor de cabeça boa’, para escolher um deles para estar ao lado de Christian Eriksen, que é a alma da equipe. Camisa dez nas qualificatórias para a Copa, Eriksen foi o dono de 56% dos gols da equipe, e sob o comando de Hareide, são 15 gols em 19 internacionalizações. Kvist e Delaney são os mais cotados para comporem a linha de três do meio, já que a seleção atua na 4–3–3. Delaney fez ótima temporada pelo Werder Bremen, tem grande facilidade em bolas longas, além ter virtudes na bola parada. Já Kvist serve para bons chutes de fora da área, além de muitas interceptações e um passe mais acurado.

No ataque Pione Sisto e Yussuf Poulsen são os donos das pontas, jogadores de Celta de Vigo e RB Leipzig, respectivamente, os jovens ponteiros têm papel de importância no time, já que são os principais recebedores dos lançamentos de Kjaer. Sisto tem um ótimo chute, é incisivo e quase sempre mortal cortando para dentro da área. Poulsen é alto, rápido e especialista em disputas aéreas, com seus 1,93m, o winger tem grande facilidade e pode ser uma das cartas na manga da seleção.

A disputa para ser a última peça de ataque fica entre Kasper Dolberg, excelente jovem do Ajax, ou então Nicolai Jorgensen, mais experiente atacante do Feyenoord. Jorgensen é uma das armas de proteção, pivô e referência no ataque, tendo toques curtos após o pivô, é uma boa arma em contra-ataques, pois se posiciona muito bem. Já Kasper faz bem o papel de falso 9, dribla bastante, tem bom passe e flutua entre a defesa.

Além desses que devem ser o time titular de Hareide, a Dinamarca contra com bons reservas, como o goleiro Jonas Lössl, o jovem Viktor Fisher, Andreas Cornelius e Jannik Vestergaard, que são os nomes que deverão ser os mais utilizados, junto com Schöne e Krohn-Dehli, como já dito, dúvidas no meio campo.

Os convocados:

Goleiros: Frederik Ronnow (Brondby), Jonas Lossl (Huddersfield), Kasper Schmeichel (Leicester).

Defensores: Andreas Christensen (Chelsea), Henrik Dalsgaard (Brentford), Jannik Vestergaard (Borussia Monchengladbach), Jens Stryger Larsen (Udinese), Jonas Knudsen (Ipswich), Mathias Jorgensen (Huddersfield), Simon Kjaer (Sevilla).

Meio-campistas: Christian Eriksen (Tottenham), Lasse Schone (Ajax), Lukas Lerager (Bordeaux), Michael Krohn-Dehli (Deportivo La Coruna), Thomas Delaney (Werder Bremen), Willian Kvist (FC Copenhagen).

Atacantes: Andreas Cornelius (Atalanta), Kasper Dolberg (Ajax), Martin Braithwaite (Bordeaux), Nicolai Jorgensen (Feyenoord), Pione Sisto (Celta Vigo), Viktor Fischer (FC Copenhagen), Yussuf Yurary Poulsen (RB Leipzig).

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