Com time misto e gol no fim, Croácia vence a Islândia e termina fase de grupos com 100% de aproveitamento
A Croácia entrou em campo não só com a classificação garantida para as oitavas, mas também com a liderança encaminhada, uma vez que, para perdê-la, a Nigéria precisaria vencer a Argentina, contar com uma derrota croata e ainda tirar 5 gols de saldo. Sabendo disso, Dalic entrou com uma equipe (quase) toda reserva, com exceção do maestro e capitão Luka Modric.
A primeira etapa foi sonolenta, com poucas chances para os dois lados e até uma Islândia, sempre competitiva, ameaçando incomodar a saída de bola croata. O grande destaque, entre os testes do treinador, foi Mateo Kovacic. O meio-campista do Real Madrid teve 100% de passes certos nos 45 minutos iniciais e soube ditar o ritmo da partida, armando e chegando à frente.
Com 7 minutos da segunda etapa, Badelj inaugura o marcador como elemento surpresa após boa tabela croata e numa bola “espirrada” no centro da área. Mas, mesmo com a vitória, a Croácia acabou sofrendo em demasia nos minutos seguintes. Os islandeses tiveram duas grandes oportunidades em bolas rebatidas na área, o que acaba ficando de alerta para Dalic a respeito da dupla de zaga titular. Corluka e Caleta-Car tiveram dificuldades para defender sua área e ganhar os duelos físicos contra os grandalhões da Islândia. Não à toa, o treinador tratou de colocar o zagueiro Lovren no lugar do jovem Pjaca, que fez partida discreta. Além disso, também tirou Modric, já pensando nos duelos seguintes.
Aos 29 minutos, o árbitro marca pênalti de Lovren, que utilizou o braço para cortar o cruzamento islandês. Sigurdsson, sempre ele, converte e deixa tudo igual. A Croácia parecia já se poupar fisicamente pensando no mata-mata, enquanto a Islândia precisava se lançar ao ataque desesperadamente para avançar. Num erro de saída de bola aos 45 minutos, Badelj lançou muito bem Ivan Perisic pela esquerda, que afundou as redes e garantiu a vitória croata. E fica o recado para Dalic: o ponta nerazurri é na esquerda, profe! É onde joga na Internazionale e, quando atuou na direita contra a Nigéria, pouco rendeu.
Óbvio que uma equipe tão modificada sentiria a falta de entrosamento e ritmo, mas a Croácia venceu bem, fez bons testes e merece aplausos pelos 9 pontos num grupo tão complicado. O chaveamento reservou a Dinamarca nas oitavas, que mostrou que tem Eriksen e… não muito mais que isso. Os dinamarqueses não convenceram na primeira fase, mostraram problemas defensivos e pouco repertório com a bola.
A volta dos titulares será crucial no mata-mata e, apostando no jogo físico de Mandzukic, dinamismo de Luka Modric e a serenidade de Ivan Rakitic, dá pra afirmar que a Croácia chega como favorita ao confronto.
